Esse braço robótico parece ter vindo do futuro, um elegante membro ciborgue. Mas para Les Baugh, ele é uma forma de voltar a se sentir humano.
Baugh, que perdeu os braços durante um acidente na adolescência, fez cirurgias de remapeamento dos nervos dos membros superiores para que eles funcionem em conjunto com com uma prótese high tech, desenvolvida no laboratório de física aplicada da universidade Johns Hopkins. O New York Times acompanhou Baugh durante os testes da nova tecnologia que ele vem treinando extensivamente para usar. Essa é uma das dez Próteses Modulares de Membros (MPL) que existem no mundo.
Como a MPL é modular, ela pode funcionar com membros perdidos diferentes e em corpos diferentes. A prótese tem 100 sensores, 26 juntas e a capacidade de carregar cerca de 20 quilos. E, sim, Baugh controla a prótese usando a mente.
Para pessoas que perderam membros, próteses como essa podem oferecer uma forma incomparável de recuperar funções do corpo. De acordo com Mike McLoughlin, engenheiro responsável por pesquisa e desenvolvimento exploratório, participantes do projeto podem até ter sensações nas próteses conforme os nervos vão sendo remapeados.
Infelizmente, próteses como essas são muito caras — cerca de US$ 500.000 — então este nível de sofisticação estará provavelmente fora do alcance da maior parte das pessoas por um longo tempo. McLoughlin comparou o membro que Baugh testa a uma Maserati, mas disse que a maioria das pessoas teria que usar um Toyota. “Para comercializá-la, precisamos diminuir os custos do design”, diz ao Times.
Por agora, observar Baugh mover os membros sintéticos dá uma ideia do que é possível.
Foto de destaque: Johns Hopkins
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