A partir de hoje, o Grande Colisor de Hádrons funcionará em potência máxima, conforme cientistas estreiam novos experimentos que nos ajudarão a entender os segredos da física de partículas.
Depois de uma reinicialização feita em março, após um período de dois anos de reparos e atualizações, equipes de cientistas vêm testando as habilidades do Colisor para operá-lo em potências maiores do que nunca. Em maio, ele bateu o próprio recorde, misturando raios de prótons e uma energia equivalente a 13 TeV (tera-elétron-volts) — 5 TeV a mais que os padrões anteriores. Para se ter ideia desta potência, ela é o suficiente para derreter uma tonelada de cobre no impacto.
Agora, cientistas que trabalham no projeto acreditam que o Colisor pode funcionar em potências máximas por longos períodos de tempo. Desta forma, a partir de hoje, equipes começaram a regularmente colidir partículas nestas altas energias, na esperança de descobrir partículas ainda não detectadas que podem nos ajudar a explicar alguns dos mistérios da física.
“A energia maior significa mais chance de novas descobertas”, disse Alan Barr, professor de física de partículas na Universidade de Oxford que trabalha no experimento ATLAS no Grande Colisor de Hádrons, em entrevista cedida em março. “A energia maior do Colisor pode nos mostrar novas partículas ainda não descobertas”. Inclusive, pesquisadores esperam que os experimentos revelem as origens da matéria escura, partículas supersimétricas e outras. Você pode ler aqui como tudo isso pode acontecer, e o que isso significa para a física.
Em baixa energia, cientistas fizeram experiências quase impossíveis e encontraram o Bóson de Higgs. E agora eles podem achar algo ainda mais interessante. [CERN]
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