Tudo o que sobe tem que descer — mas nem sempre da forma que esperamos. Essa é a Lei da Gravidade de Newton, e você pode agradecer a ela pelo GPS, Google Earth e até pelas fotos registradas do outro lado do Sistema Solar. Eis os motivos.
A equação descreve a atração gravitacional que dois objetos têm um pelo outro, de acordo com a massa deles e com a distância entre o centro de cada objeto. É essa equação que prevê com qual força um objeto se choca contra a Terra quando é solto. Mas ela não resultou apenas do trabalho de Isaac Newton, apesar de levar o nome dele.
O poder usado pelo Sol para controlar os planetas
Por séculos, cientistas refletiram sobre o movimento das luas e dos planetas no nosso Sistema Solar, e muitos deles — de forma bem compreensível — acreditavam que tudo girava em torno da Terra. Foi só depois de Johannes Kepler aprofundar seus estudos no movimento de Marte, no início do século XVII, que a ideia de os planetas girarem em volta do Sol começou a tomar forma.
O que Kepler fez foi gerar três equações que descreveram, com uma exatidão impressionante, o movimento elíptico de satélites em órbita — como a Lua ao redor da Terra, ou Marte ao redor do Sol. O que ele não soube explicar foi como o corpo central mantinha os outros em sua órbita.
Muitos cientistas tentaram preencher essas lacunas. Em 1645, o astrônomo francês Ismael Bouleau sugeriu que “a força que o Sol exerce sobre os outros planetas… fica mais fraca e atenuada a distâncias maiores”. E ele estava certo, mas este raciocínio era dúbio; ele simplesmente comparou a força da atração a raios de luz.
Mais tarde, em 1666, Robert Hooke levou a mesma ideia além, adicionando que “estes poderes de atração operam de forma muito mais poderosa conforme o corpo está mais próximo do próprio centro”. Ele estava no caminho certo — mas não conseguiu elaborar uma conclusão.