Por Thiago Simões
Imagine um mundo em que a teologia é utilizada para ganhar dinheiro. Um cenário em que os pastores, padres e sacerdotes — que se dizem enviados por Deus — utilizam a boa-fé dos cristãos e tementes a Deus para enriquecer. Um universo paralelo e fictício, muito diferente daquele que encontramos na vida real.
Só que não.
Este é o universo de “Pequenas Igrejas, grandes Negócios”, um card game nacional e que já faz sucesso em todos os cantos do país. Tudo começou no Catarse, quando Marcelo Del Debbio resolveu colocar sua ideia no financiamento coletivo. O projeto inicial era arrecadar R$ 29 mil, mas no fim das contas eles conseguiram R$ 92.750, algo para glorificar de pé. “A ideia é toda minha, mas precisei de um desenhista (Roe Mesquita) e um diagramador (Rodrigo Grola) para fazer o projeto acontecer”, disse.
Mas não pense que Marcelo é um ateu. Acredite se quiser, mas ele é professor de religião comparada. “Acredito que qualquer religião que te transforme em uma pessoa melhor é uma boa religião. A bronca do jogo mesmo é com gente que usa a religião para enganar os outros”.