Aracaju – Quanto mais desenvolvido é o país, maior é o apoio à pesquisa. E quanto maior for o número de profissionais que desenvolvem trabalhos científicos, melhores são os resultados. Com base nessa relação, o Centro Internacional de Biografia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, elege todos os anos 100 profissionais que se destacam por desenvolver trabalhos notáveis no meio científico em prol da humanidade.
Em 2011, o consultor do Sebrae em Sergipe, Paulo Suassuna, foi um dos homenageados. Ele se destacou por ter desenvolvido o artigo científico sobre a Tecnologia do Cultivo Intensivo da Palma (TCIP). “O mais interessante é que essa tecnologia está sendo aplicada no projeto Palma para Sergipe, que é desenvolvido pelo Sebrae em 16 municípios do estado. Estamos obtendo excelentes resultados”, destaca Lauro Vasconcelos, superintendente do Sebrae em Sergipe.
O projeto começou a ser desenvolvido no estado em outubro de 2007, com a realização de palestras de sensibilização em Nossa Senhora da Gloria e Lagarto. Hoje, são 22 Núcleos de Tecnologia Social (NTS) para produção e beneficiamento da palma, mais de mil produtores capacitados e mais de 1,7 milhão raquetes de palma plantadas pelo projeto.
Cada Núcleo possui um hectare de palma beneficiado, obedecendo a tecnologia do cultivo intensivo que permite uma produtividade que supera de 10 a 12 vezes àquelas obtidas com o sistema tradicional. Os produtores recebem ainda um secador solar e uma casa de máquinas com uma fatiadeira e outra forrageira para a produção do farelo de palma.
Nos núcleos, com apoio das prefeituras, o Sebrae promove a capacitação de dez produtores em todos os segmentos do processo produtivo, incluindo também a capacitação de crianças com idade entre sete e 14 anos, visando o cultivo racional da palma para a produção de brotos. Os agricultores recebem ainda treinamento sobre culinária e cosméticos à base de palma.
O coordenador do projeto Palma para Sergipe, Antonio Cardodo, destaca a empolgação dos produtores com o projeto. “São homens, mulheres e crianças que fazem questão de receber os ensinamentos sobre o correto plantio da palma”. Já Paulo Suassuna lembra que a média de produção nacional da palma miúda no sistema de plantação tradicional é de 30 toneladas por hectare.
Sistema intensivo
“Na Paraíba, utilizando o sistema intensivo praticado nos Núcleos de Tecnologia Social, o recorde foi de 500 toneladas por hectare. Produção ultrapassada pelo Núcleo de Canindé, que obteve 552 toneladas por hectare. Já a palma doce, que no sistema tradicional chega a 40 toneladas por hectare, conseguimos a maior produção na Paraíba. Com o sistema intensivo, chegamos a 611 toneladas por hectare. Em Canindé, a produção alcançou 732 toneladas por hectare”, explica Suassuna.
Serviço:
Sebrae em Sergipe – (79) 2106.7758
www.se.agenciasebrae.com.br
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