Goiânia – Idealizada para promover a inclusão social e econômica de donas de casas e mulheres desempregadas do Conjunto Caiçara e demais bairros da região Leste de Goiânia (GO), a Cooperativa Bordana é exemplo de como o empreendedorismo solidário vale a pena. Sob a liderança da tocantinense e líder comunitária Celma Grace de Oliveira, de 42 anos, a entidade se mantém a partir da produção de peças artesanais feitas com tecidos 100% algodão, que ganham o toque delicado e diferenciado do bordado artesanal.
Com três anos de atuação e contando atualmente com 32 mulheres associadas e mais quatro colaboradores, a Bordana surgiu a partir de uma iniciativa do Instituto Ana Carol (IAC), organização não governamental fundada por Celma em homenagem à filha Ana Carolina, que faleceu vítima de leucemia aos dez anos de idade.
“Para superar a dor, fundei a ONG voltada ao artesanato, uma paixão da Carol, que também sonhava em ser estilista. Então, decidi apresentar a ideia da cooperativa às mulheres da comunidade. Dispostas a termos nosso trabalho valorizado, iniciamos o projeto que hoje é realidade”, conta Celma.
De segunda a sexta-feira, a diretoria e as costureiras trabalham na sede da Bordana, das 14 às 18 horas. Já as bordadeiras podem trabalhar em casa. Aos sábados, todas comparecem à cooperativa para entregar os produtos prontos e buscar novas matérias-primas. “Também aproveitamos os sábados, das 15 às 18 horas, para falar da agenda da semana, bordar e realizar oficinas, palestras e dinâmicas de interação em grupo”, ressalta Celma.
Durante dois anos, a Bordana foi mantida pelo Instituto Ana Carol, mas Celma se diz realizada por ver que o projeto está, aos poucos, ganhando independência financeira com a comercialização dos produtos feitos pelas associadas. São destaques os panos de pratos, colchas decoradas com flores típicas do Cerrado, puxa-sacos e capas customizadas para notebooks, netbooks e tablets.
Todas as peças estão disponíveis para aquisição na sede e no blog da cooperativa. As bordadeiras também expõem seu trabalho em eventos científicos, acadêmicos e culturais. “Metade do dinheiro arrecadado nas vendas é das cooperadas. Os outros 50% são revertidos na manutenção da sede e na aquisição de novas matérias-primas, equipamentos e cursos de formação”, explica a presidente.
Parcerias
Diante da visibilidade que o trabalho tem conquistado no mercado, a meta é aumentar o número de cooperadas e ampliar o faturamento. Para isso, a Bordana busca, constantemente, parcerias para melhorar os processos de produção e garantir mais competitividade. O Sebrae em Goiás é um dos apoiadores do projeto. Na instituição, Celma buscou consultoria para montar a cooperativa e capacitar as associadas.
“Por meio do Sebrae, conseguimos fazer uma oficina de uma semana com a bordadeira Sávia Dumont, do Grupo Matizes do Bordado, que faz um belíssimo trabalho de resgate do bordado artesanal. Com o curso, melhoramos muito a qualidade do nosso trabalho, especialmente no processo de matização, ou mistura de cores, e na leveza do bordado”, destaca a empreendedora, que também integra o Projeto de Economia Criativa da Região Metropolitana de Goiânia.
Para Celma, o desafio agora é tornar o trabalho na Bordana a principal fonte de renda das associadas. Por isso, a cooperativa estuda ampliar o seu mix de produtos, incluindo também uma linha de brindes corporativos personalizados.
Serviço:
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Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
Oficina de Comunicação: (62) 3225-4899
Cooperativa Bordana
Blog: http://coopbordana.blogspot.com.br
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