São Paulo – A 33 ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), um dos mais importantes eventos de moda do país, abre nesta segunda-feira (11) suas portas para as micro e pequenas empresas (MPE) da chamada indústria criativa, especialmente nos segmentos de confecções, calçados e joias. Mais de 80 empreendedores de todo o país foram convidados para acompanhar tanto os bastidores como os desfiles da SPFW, participar de workshops e palestras. Além disso, 14 deles terão um espaço para expor produtos na loja Pop Up, criada para comercialização de itens exclusivos.
A ação do Sebrae na SPFW faz parte do convênio Contextualizar na Moda, assinado em janeiro com o Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod). Durante a coletiva de imprensa, o organizador do evento, Paulo Borges, defendeu a integração entre as pontas da cadeia produtiva do setor.
“Nossa proposta com essa parceria é trazer para o topo da pirâmide o trabalho da indústria brasileira de pequeno porte, que vive no miolo do Brasil e que está envolvido em um processo de inclusão, sustentabilidade e criatividade”, disse. Segundo ele, a loja Pop Up é uma experiência “viva” desse processo. “Não tanto pela quantidade do que pode ser vendido, mas pela possibilidade da apreciação e do contato com clientes”.
A SPFW segue até o sábado (16), no Parque do Ibirapuera. Este ano o evento tem como tema “A Gente Transforma: histórias que contam”, que pretende abordar a sustentabilidade do ponto de vista social, econômico e cultural. Para a coordenadora da Carteira de Moda do Sebrae e gestora do convênio, Juliana Borges, o acordo estabelece uma “sincronia perfeita” com o tema do evento.
“A gente quer transformar a participação da MPE no mercado brasileiro e acreditamos que agora é a oportunidade de fazer isso. A São Paulo Fashion Week é uma grande vitrine para que os empreendedores observem e levem para suas regiões o que vivenciaram”, afirma Juliana.
As datas das principais semanas de moda do país, SPFW e Fashion Rio, foram alteradas. A partir de 2013, as coleções de verão serão apresentadas em março (antes eram em maio e junho) e as de inverno em outubro (anteriormente era janeiro). Para ajustar o calendário, excepcionalmente, será realizada uma terceira edição dos eventos em outubro deste ano. Segundo Paulo Borges, a mudança das datas é uma forma de potencializar as estratégias e os resultados nas diversas etapas das coleções, alinhando todas as partes da cadeia produtiva da moda envolvidas no lançamento.
Diálogo
Para Juliana Borges, o impacto dessas mudanças será sentido também nas MPE.“O In-Mod vai produzir uma coletânea de percepções sobre a mudança das semanas de moda em formato de cápsulas de conteúdo, um vídeo de 30 minutos. Vamos percorrer todo o Brasil, abrindo a discussão e elaboração dessa nova dinâmica das semanas de moda brasileira e estimular o diálogo das MPE sobre o tema. Haverá impacto e precisamos perceber como lidar com isso, nos renovar, preparar e adaptar”.
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