Salvador – A Hores Representation of Companies, trading de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, terá encontros com 33 empresas brasileiras durante as rodadas de negócios do 16º Encontro Internacional de Negócios do Nordeste (Einne), em Salvador (BA). Organizado pelo Sebrae, o evento será realizado de 23 a 25 de outubro e reunirá 82 compradores de 31 países, que vão se encontrar com 230 empresários dos nove estados nordestinos.
O encontro é voltado a micro e pequenas empresas (MPE). O representante da Hores vem ao Brasil em busca de itens variados, como amêndoas, carne, pescados, roupas, cosméticos, produtos de beleza, naturais e de saúde, luminárias, itens de cama, mesa e banho, bordados, móveis, artigos de decoração, produtos de cozinha, mármores e granitos, plástico e equipamentos de petróleo e gás.
“Eles já participaram em 2011 do Einne. Na época, os identificamos como bons compradores”, conta Cristiane Mota, gestora do evento e analista de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae na Bahia. Segundo ela, os principais produtos buscados pelos árabes no ano passado foram alimentos, como açúcar e derivados do milho, além de artigos para construção civil. A empresa também tinha interesse em transferência de tecnologia.
Além da empresa dos Emirados Árabes, também já confirmaram participação no evento importadores da Alemanha, Itália, Áustria, Espanha, Bélgica, Suíça, França, Portugal, Romênia, Rússia, Canadá, Estados Unidos, Chile, Colômbia, Panamá, Cuba, México, Equador, Guatemala, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Paraguai, Peru, Bolívia, Argentina e Uruguai. “O maior número de importadores que teremos no evento são de países da África que falam português, como Angola e Cabo Verde, e também da América do Sul”, aponta. O encontro começa dia 23 com um seminário para as companhias brasileiras, enquanto as rodadas de negócios com os importadores acontecem nos dias 24 e 25.
Segundo a gestora do Einne, os empreendimentos nordestinos que mais exportam são as grandes companhias. Ela explica que, entre as pequenas, os estágios de internacionalização variam bastante. “Temos empresas que já estão em um processo avançado de internacionalização – não só exportando, como também se preparando para competir com estrangeiros que estão se instalando no Brasil – e aquelas que estão começando a exportar”, diz.
Competitividade
O Einne seleciona as empresas com potencial para exportar para as rodadas de negócios e também as capacita para a participação nos encontros e o mercado internacional. Mota explica que o foco é preparar esses negócios para que sejam competitivos no mercado brasileiro para depois conquistarem uma fatia no mercado externo.
A previsão dos organizadores do Einne é que as rodadas em Salvador gerem R$ 600 mil em negócios durante o evento e R$ 35 milhões em parcerias futuros. Na edição anterior, que ocorreu em Olinda (PE), foram gerados R$ 307 mil em negócios imediatos.
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