Salvador – Os desafios existentes na relação entre o mercado turístico e o respeito ao meio ambiente no sul da Bahia deram a tônica da palestra As boas práticas para o turismo responsável e sustentável, ministrada pela coordenadora regional do Sebrae em Ilhéus, Claudiana Figueiredo, em comemoração ao Dia Mundial do Turismo Responsável, na noite dessa quarta-feira (7).
Ao orientar os empresários ligados aos diversos segmentos do trade local, Claudiana abordou o equilíbrio entre desenvolvimento, conservação ambiental e responsabilidade social; o cenário atual das ações sustentáveis; os requisitos necessários para ter um negócio que respeite o meio ambiente e as perspectivas de sobrevivência das empresas que não se adaptarem às exigências do concorrido mercado turístico.
A palestra mostrou que as iniciativas sustentáveis ainda são tímidas no sul da Bahia, apesar do alto potencial turístico da região, composto principalmente pelo extenso litoral com 93 km de belas praias, riqueza histórica e patrimonial, ecoturismo e a produção do cacau e de chocolates finos. Claudiana Figueiredo também destacou que as principais barreiras para o ajuste dos empreendimentos aos parâmetros da sustentabilidade são o receio dos empresários sobre os custos do investimento e a falta de informação sobre as práticas e indicadores econômicos.
“Procuramos facilitar essa busca, esclarecendo o empreendedor sobre as soluções que o Sebrae pode apresentar para os projetos sustentáveis, apontando parceiros e subsidiando até 90% do investimento em consultoria para desenvolvimento tecnológico”, explica a coordenadora, completando que a relação custo benefício para os investimentos iniciais é recompensadora diante da produtividade futura.
As informações ajudaram a ampliar os horizontes de participantes como Humerto Nascimento de Oliveira, proprietário do posto de gasolina temático Jorge Amado. “A palestra foi precisa sobre como preservar. Isso nos ajuda porque estamos preocupados não só com o lucro, mas também com o meio ambiente”, esclarece o empresário, que vê a venda de seus produtos aumentar em até 20% durante a alta temporada.
“Com esse apoio, nossos associados podem desenvolver boas práticas, políticas e experiências concretas para expandir o setor com responsabilidade social e ambiental”, conclui a diretora de alianças estratégicas da Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho (Cooperbom), Maria Morais.
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