Cuiabá – Fundamental em qualquer área, o conhecimento determina o sucesso ou o fracasso também dos negócios voltados para a piscicultura comercial, que vem se consolidando em Mato Grosso. O assunto foi tratado no 3º Encontro de Pscicultorese, que reuniu nessa segunda-feira (12) produtores e outros envolvidos nessa cadeia produtiva.
Durante o evento, realizado pelo Sebrae no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, pesquisadores da Embrapa e da Universidade do Estado de Mato Grosso apresentaram seus trabalhos sobre comportamento de espécies nativas na piscicultura comercial. A engenheira Adriana Ferreira Lima, da Embrapa Aquicultura e Pesca, com sede em Palmas (TO), destacou que o foco dos estudos que desenvolve são as espécies nativas, uma vez que os conhecimentos sobre elas são ainda bastante restritos.
“Nossas pesquisas são feitas para atender as demandas do setor produtivo”, disse, acrescentando que seu grupo trabalha em várias frentes: melhoramento genético, reprodução, nutrição, uso eficiente da água na industrialização, sanidade, sistemas de produção, entre outras. Segundo Adriana, os três principais grupos pesquisados são as espécies redondas, representandas pelo pacu, tambacu e pirapitinga, além dos surubim, pintado e pirarucu, este com grande potencial comercial, mas que ainda exige muito estudo para atingir maior sucesso na reprodução artificial ou induzida.
A pesquisadora explica que a Embrapa Aquicultura e Pesca tem apenas 3 anos de existência e conta com 20 pesquisadores atualmente. “Existem entre 8 e 10 projetos aprovados e mais de 10 sendo articulados. Não temos muitas respostas ainda porque é tudo muito novo ainda”, constata. ela acrescenta que, mesmo assim, a instituição promove constantemente a transferência de tecnologia por meio da realização de dias de campo, apresentações de resultados de pesquisas, cursos e capacitações.
O engenheiro Daniel Ituassu, da Embrapa Agrosilvipastoril, localizada em Sinop, falou sobre linhas de pesquisa que vêm sendo desenvolvidas na unidade e também sobre trabalhos na área de sistemas de produção aquícola e reprodução de peixes.
Já a zootecnista Adriana Fernandes de Barros, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), pós-graduada em aquicultura e professora no campus de Pontes e Lacerda, apresentou os resultados da pesquisa com peixes nativos em Mato Grosso. Atuando nessa na área desde 2007, ela foca seu trabalho em dois eixos: caracterização de produção, em que faz um mapeamento do setor desde o produtor de alevino até o frigorífico; e custo de produção em que todos os custos são computados de forma rigorosa. “Via de regra, o produtor só computa o preço dos alevinos, da ração e do peixe a ser vendido, mas se esquece da mão-de-obra, do uso do espaço físico, da água e de outros custos. Enfim, quando ele controla tudo, tem mais flexibilidade para negociar seu produto, pois sabe exatamente qual o custo de produção”, constata.
Publicação
Um dos precursores da piscicultura comercial no estado, o médico veterinário Adair José de Moraes fez o lançamento do livro Piscicultura para Principiantes em Mato Grosso, editado pelo governo local. “Ao longo das minhas andanças, vi a necessidade de dar aconselhamentos para evitar que os novosempresários cometessem erros na piscicultura, incluindo alguns que eu mesmo cometi”, conta. Dentre os erros mais comuns, ele destaca a falta de planejamento e de um levantamento da realidade onde se pretende implantar a produção.
“Escrito com uma linguagem simples, sem academicismo e de fácil entendimento, o livro induz o empreendedor a buscar ajuda com pessoas e instituições como o Sebrae, que pode indicar profissionais e caminhos para evitar erros que podem comprometer completamente o negócio”, descreve.
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