Natal – Se antes viabilizar um projeto cultural passava, necessariamente, pelo apoio da iniciativa privada ou de editais públicos, hoje, o meio artístico tem outras alternativas. Uma dessas novas possibilidades de negócio é o crowdfunding – ou financiamento coletivo, em tradução livre. A sistemática tem sido utilizada principalmente para viabilização de discos, filmes, revistas e espetáculos teatrais. No entanto, pode ser aplicada em qualquer iniciativa que conte com a colaboração de anônimos pela internet.
O novo modelo de negócio foi abordado no 1º Seminário de Economia Criativa, promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, dentro da programação do Agosto da Alegria, evento do governo do estado que reúne manifestações folclóricas de todo o Brasil.
“O financiamento coletivo é uma grande saída, pois não se pode apenas esperar por financiamento público ou privado,” analisou o pesquisador Leonardo Brant, da Brant Associados, empresa paulista de consultoria. O modelo se encaixa no conceito de economia criativa, que envolve os processos relativos à criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos.
Um dos setores da economia criativa com grande potencial de crescimento é o de games e softwares. “Essas novas tecnologias fazem parte da vida de uma geração que já nasce on line, com acesso a dispositivos mobile,” explicou Edgar Andrade, da agência pernambucana HUB Criativo. “As oportunidades existem, só é preciso criatividade para explorá-las”, completou.
Com as economias asiáticas oferecendo novos mercados, parcerias e maior competitividade, houve uma mudança no paradigma econômico. Boa parte das grandes indústrias do globo migraram para o Oriente, deixando milhares de trabalhadores desempregados. “Os produtos confeccionados nesses países passaram a entrar no Brasil com preços baixíssimos e uma competitividade agressiva. Para enfrentar esse contexto econômico, surge o modelo de economia criativa,” afirmou a economista Lídia Goldenstein, que proferiu palestra sobre o tema no evento.
Oportunidades
As empresas criativas buscam um diferencial para os seus produtos. “O design é cada vez mais importante, pois agrega valor. Nós temos que pensar que a classe C consome tecnologia, que são produtos de alto valor agregado,” destacou Lídia. Ela sustentou ainda que as oportunidades para os pequenos negócios estão no modelo de economia criativa. “O Sebrae tem uma capilaridade muito grande no Brasil, então, é importante disseminar a economia criativa, pois é um setor que traz uma gama de opções para as MPE,” lembrou.
Serviço:
Sebrae no Rio Grande do Norte (84) 3616-7910
www.rn.agenciasebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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