Goiânia – Parte da produção de mel de abelha em Formosa (GO), a 282km da capital, é fruto do investimento de um sem-terra. O gaúcho Sérgio Paulata não possui nenhuma propriedade na área rural do município, mas tem 140 colméias e cerca de um milhão de abelhas. “O sistema é de arrendamento”, explica Sérgio, que paga 10% de tudo do que é produzido a seis proprietários.
Maior apicultor da região, com 1,5 mil quilos de mel por ano, Sérgio já tem marca registrada, a Flora Mel. Ele foi um dos convidados pelo Sebrae em Goiás a participar da Apimondia Argentina 2011, o mais importante congresso internacional de apicultura, realizado em setembro do ano passado. “O Sebrae subsidiou minhas passagens e estada”, conta Sérgio. Ele conheceu tipos de mel do mundo todo e voltou com uma certeza: “o melhor é o brasileiro, que não apresenta problemas, como doenças em abelhas”.
Sérgio também viu na Apimondia que deve acelerar sua produção caso queira participar do ranking dos maiores fabricantes mundiais de mel. Segundo ele, a China é a recordista na produção em escala industrial, provenientes de 100 mil colméias. “Pretendo chegar a 220 colméias em 2012”, projeta Sérgio. Atualmente, o produtor tem renda familiar de R$ 2 mil mensais, somente com a venda do produto. O quilo pode ser comprado a R$ 16,00 (no varejo) e R$ 10,00 (no atacado).
Integrante da Associação dos Apicultores de Formosa e Região (Asafor), Sérgio aproveita as consultorias do Sebrae para melhorar e aumentar sua produção. “Os consultores me ensinaram a colocar as colméias mais perto umas das outras, e próximas de rodovias, para ajudar na logística do transporte”, lembra. Pra quem começou a trabalhar com mel aos seis anos de idade, o conhecimento se une à prática. “A instituição sempre nos apresenta técnicas para aperfeiçoar a produção e a qualidade do mel”, explica.
Serviço:
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