Rio de Janeiro – A comercialização da música dentro do novo cenário do mercado, como a venda em lojas virtuais, trilhas para jogos eletrônicos ou comerciais, e as estratégias de exposição em plataformas da web como YouTube e Facebook. Estas foram algumas das possibilidades apresentadas por oito especialistas e compradores americanos no seminário Projeto Encounters – Comprador & Imagem.
A iniciativa do Sebrae no Rio de Janeiro, que integra o Projeto Estrombo – criado em 2009 para capacitar e inserir novos talentos no setor – e da Brasil Música e Artes (BM&A) começou nesta segunda-feira (16) e segue até quarta-feira (18). O evento atraiu mais de 100 interessados em vender suas produções no mercado internacional, como músicos, cantores, produtores e empresários. O seminário tem ainda o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“O projeto Estrombo tem a vantagem adicional de ampliar a base dos empreendedores no setor de música. Na prática, ele prova que o micro e o pequeno empreendimento tem espaço para fazer negócios no mercado globalizado”, avalia o gerente Internacional do Sebrae no Rio de Janeiro, Marcos Hupe.
Os convidados apresentaram um resumo do mercado atual e as diferentes possibilidades de atuação. Os executivos que participaram do seminário estão ligados a grandes nomes que se destacam no mercado internacional, como os brasileiros Gilberto Gil, Jorge Benjor e Maria Rita e, entre os estrangeiros, James Brown, Mercedes Sosa e a banda REM. Eles atuam como promotores de festivais, responsáveis por conteúdos em empresas como a Microsoft e a Apple, gerenciadores de carreiras, licenciadores de produtos e profissionais de marketing,
Conhecer as diferentes formas de se inserir neste mercado foi um dos pontos destacados pelos especialistas. Os modelos flexíveis, segundo eles, abrem muitas possibilidades. O desenvolvimento de temas ligados ao amor, aventura ou celebrações, por exemplo, podem ser usados em publicidade, toques de celular ou jogos eletrônicos. As estratégias de divulgação nas rádios digitais, redes sociais ou feiras especializadas são outras oportunidades do novo modelo. “A variedade de gêneros da música brasileira é espantosa. Vamos começar a pensar em português”, definiu o executivo do CD Baby, Tracy Maddux, uma das maiores plataformas do mundo para distribuição física e digital – ele é responsável pelo lançamento da MusicStore no Facebook.
A possibilidade de comercialização de produções musicais atraiu 114 interessados, que tiveram a oportunidade de inscrever até três músicas cada. Deste total, até 50 serão escolhidos e terão a oportunidade de defender seus trabalhos com a técnica do pitching, modalidade que desafia os músicos a, em poucos minutos, defenderem suas obras para os executivos. Na quarta-feira (18), os selecionados participam da Rodada de Negócios. “Estou procurando música brasileira de alta qualidade. É simples assim”, definiu a diretora da Getty Images Music, Melinda Lee, que trabalha com desenvolvimento de negócios e parcerias entre selos, editoras e artistas.
“Já participei de várias capacitações do Projeto Estrombo. Aqui, estou tendo a oportunidade de aplicar este conhecimento”, definiu o músico carioca Pablo Tupinambá, da banda Biltre, que toca MPB eletrônica. “Considero como a primeira iniciativa concreta para exportar a música brasileira. Tanto quanto o futebol, a música é nosso maior produto”, arremata a empresária Elza Ribeiro.
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