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Micro e pequenas empresas geram 78% das vagas em julho


Brasília – De cada cem vagas formais de trabalho geradas em julho deste ano, 78 estavam nas micro e pequenas empresas. Somente no mês passado, os pequenos negócios criaram 109,5 mil postos com carteira de trabalho assinada. Desses, 107,9 mil foram gerados nas microempresas que empregam menos de quatro funcionários. As informações constam em levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 71% do total de empregos registrados no país de janeiro a julho deste ano, frente a 68% registrados no mesmo período de 2010. O resultado segue tendência verificada ao longo de todo o ano de 2011. A participação dos pequenos negócios superou a média histórica de contribuição para a geração de emprego formal, que é de 52% do total.

“O dinamismo econômico do nosso país com destaque para a distribuição de renda favorece um processo que se retroalimenta, impulsionando os negócios e as oportunidades de trabalho”, diz o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ao destacar que as micro e pequenas empresas são um segmento intensivo em mão de obra.

Emprego e renda

Somando os sete primeiros meses do ano, as micro e pequenas empresas criaram 1,004 milhão de postos de trabalho formais. No mesmo período de 2010, foram geradas 1,131 milhão de vagas. “As micro e pequenas empresas são fundamentais porque elas não só empregam mais, como ajudam a gerar renda em torno do seu negócio. Fomentar os micro e pequenos negócios significa aumentar o número de empregos”, afirma o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Em julho, as empresas de comércio e de serviços foram as que mais contrataram. Elas admitiram, respectivamente, 17,9% e 28,3% do total de novos empregados. Os pequenos negócios do segmento da construção civil e da indústria de transformação geraram 13,1% e 11,1% dos postos formais de trabalho. A agricultura criou 6,4% dos novos empregos, a indústria extrativa mineral, 0,7%, e os serviços industriais de utilidade pública, 0,3%.

Segundo o diretor do Sebrae, em países de “economia madura”, verifica-se o maior crescimento, em princípio, no setor primário e, em seguida, no secundário. “O Brasil já passou por isso e agora crescem as oportunidades no comércio e nos serviços, a exemplo de países de alta renda”, compara Carlos Alberto. Segundo ele, o desafio está em aumentar a produtividade média das empresas de pequeno porte e, com isso, melhorar o nível salarial de seus empregados.

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