Belo Horizonte – Maria José de Lima Freitas, a Mazé, é a única representante mineira que concorre à etapa nacional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. A trajetória de superação da faxineira de Carmópolis de Minas que virou empresária é destaque entre histórias de brasileiras que entraram no mercado e tiveram sucesso nos negócios. A divulgação das vencedoras será nesta quinta-feira (7), em Brasília.
Neste ano, Mazé irá disputar o prêmio com outras 65 candidatas, todas campeãs estaduais. Nove empresárias serão reconhecidas, em três categorias: Pequenos Negócios (na qual Mazé participa), Negócios Coletivos e Empreendedora Individual. Três delas receberão o troféu ouro e serão consideradas as vencedoras nacionais.
A mineira foi selecionada entre 195 empreendedoras do estado inscritas na premiação, que recebeu 5,4 mil inscrições em todo o Brasil. A iniciativa é realizada em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, a Federação das Associações de Mulheres de Negócios Profissionais do Brasil (BPW) e a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
A história de Mazé começou em 1999. Desempregada, depois de ter sido demitida de uma agência bancária após a licença-maternidade do seu primeiro filho, a ex-faxineira, com apenas o ensino fundamental, resolveu colocar a mão na massa, ou melhor, no tacho de doce.
De posse de técnicas aprendidas com a mãe, ainda na infância, Mazé começou a produção de doces caseiros. No início, os produtos eram vendidos na rua. O primeiro grande comprador foi uma lanchonete de beira de estrada. Foi quando a doceira encontrou o primeiro desafio: produzir doces cristalizados. “Fazia apenas doce de leite, amendoim e abóbora. Quando recebi o pedido, não sabia nem por onde começar. Depois de algumas tentativas frustradas, busquei capacitação e aprendi a fazer doces cristalizados de mamão e abóbora”, conta a empresária.
Em 2004, Mazé já tinha uma fábrica pequena, com produção de 350 quilos por mês, que era vendida na região e para o Rio de Janeiro. Querendo expandir mercado e melhorar a gestão do negócio, Mazé procurou o Sebrae em Minas Gerais para se orientar sobre como organizar melhor seu empreendimento. Ela participou também do Empretec, seminário aplicado no Brasil pelo Sebrae, com metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU), voltado para o desenvolvimento do comportamento empreendedor. “O Sebrae em Minas Gerais faz parte da minha história. Foi a partir do Empretec que consegui entender o que é uma empresa”, diz Mazé.
Em 2005, com o apoio da instituição, ela formalizou a empresa e comprou um terreno onde seria construída sua nova fábrica, a Mazé Doces Artesanais. Pela trajetória, em 2010 a empresária foi indicada como uma das três finalistas para disputar a vaga brasileira no prêmio Empretec Women in Business Award.
Colhendo frutos
Atualmente, a Mazé Doces Artesanais tem um mix de 70 itens, entre compotas, doces cristalizados e em calda, feitos com abóbora, abacaxi, mamão, goiaba, laranja, pêssego, limão, figo e jabuticaba. “Fazemos parceria com os produtores rurais da região. Damos a muda das plantas e compramos as frutas. Assim, garantimos matéria-prima, que às vezes é difícil de encontrar”, explica Mazé
Com 20 funcionários, a empresa chega a produzir, em média, dez toneladas de doces pré-prontos, que ficam armazenados em câmaras de refrigeração, como estoque para o período de entressafra. Dessa produção, de quatro a cinco são preparadas para comercialização. Por mês, a empresa vende entre três e quatro toneladas. A produção é distribuída para Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Quando questionada sobre o segredo do seu sucesso, Mazé é direta. “Muito trabalho, determinação e amor pelo o que faço. Foi assim que com apenas um tacho e um fogão mudei minha vida”, explica a empreendedora.
Serviço:
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