Salvador – As cooperativas de pescadores baianos buscam modelos para melhorar os terminais pesqueiros do estado. Um grupo de profissionais do setor está em Santa Catarina para conhecer as experiências dos municípios de Itajaí, Laguna e Navegantes. A missão é organizada pelo Sebrae na Bahia e integrada também por técnicos da Bahia Pesca, empresa do governo estadual para fomento da atividade.
Os pescadores baiano ficam no Sul do país até o dia 14 de setembro. “A proposta é conhecer as experiências bem-sucedidas de outros lugares e adequá-las à realidade da Bahia”, explica Eduardo Benjamin Andrade, técnico do escritório do Sebrae em Ilhéus, que coordena as ações da instituição no projeto do terminal pesqueiro do município. Os destinos da viagem foram escolhidos por terem forte vocação para a pesca e o turismo, assim como Salvador e Ilhéus.
O Sebrae terá participação decisiva na formação de mão de obra qualificada, o que beneficiará cerca de dez mil pessoas. “Queremos que o terminal não seja visto apenas como ponto de apoio logístico a pescadores e embarcações que navegam no litoral sul da Bahia, mas como a oportunidade de grandes negócios”, afirma Andrade. O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, estima que existam mais de 1,8 mil embarcações de pesca motorizada no estado.
A Bahia é o terceiro maior produtor de pescados do Brasil, com cerca de 80 mil toneladas por ano. O objetivo do terminal é melhorar a qualidade e a produtividade do produto local, aprimorar as condições de trabalho e reduzir o custo do peixe para os moradores da cidade e região. O investimento total do projeto é de R$ 10 milhões.
O Terminal Pesqueiro de Ilhéus tem localização privilegiada no litoral brasileiro. Está ao centro da faixa litorânea, na rota de passagem de uma grande quantidade de barcos de pesca e entre formações geológicas que permitem uma pescaria a poucos quilômetros da costa. Quando entrar em atividade, a unidade deve atrair outros setores da economia regional para o seu entorno, como “estruturas de logística, fabricação de embalagens e fornecimento de insumos para produção de sapatos e bolsas com a pele retirada do peixe”, exemplifica Andrade.
O Sebrae também trabalha em um Plano de Operação com o objetivo principal de definir como cada um destes setores deve funcionar e atrair empresas interessadas em se instalar no complexo. Em uma audiência com participação das colônias de pescadores de Ilhéus e Itacaré, e de marisqueiras e aquicultores do sul da Bahia, foi decidido que o cooperativismo será o modelo de gestão do terminal.
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