A Nova Zelândia hoje é um formidável exemplo de país desenvolvido. Um lugar de liberdades, prosperidade e vitalidade empreendedora, onde o progresso literalmente já chegou. Mas como foi que os neozelandeses atingiram este formidável patamar de desenvolvimento?
A Nova Zelândia não foi sempre um modelo de desenvolvimento humano e econômico. Muito pelo contrário. Até o princípio dos anos 1980, esta diminuta nação do Pacífico Sul – que hoje possui aproximadamente cinco milhões de habitantes – era um grande estado de bem-estar social, onde o governo controlava basicamente tudo, de hotéis a companhias aéreas, tudo era administrado pelo estado, sem qualquer espaço de participação para a sociedade civil. A população, especialmente a classe empreendedora, não possuía autonomia para absolutamente nada. Tudo dependia de decisões governamentais, e a quantidade de regulamentações imposta à população deixava a sociedade produtiva completamente saturada, refém de decisões ineficazes e arbitrárias, e exterminava em definitivo todas e quaisquer possibilidades de progresso. Basicamente, a Nova Zelândia vivia uma situação muito similar a que vivemos hoje no Brasil. Eventualmente, o país entrou em uma grande crise, que começou a manifestar-se em inquietações sociais e em turbulências civis. A população queria mudanças, e queria estas mudanças imediatamente.
No princípios dos anos 1980, a estagnação econômica paralisou o país por completo, que não crescia, e a população permanecia escrava de um sistema hiper-burocrático, centralizador e arrivista. Com uma taxa de desemprego gigantesca, uma dívida pública exorbitante e investidores estrangeiros negando-se a fazer negócios no país em função dos enormes riscos jurídicos e do inexistente retorno financeiro, o governo percebeu que havia crescido demais, e estava causando mais malefícios ao país do que benefícios. Decidiram, portanto, reverter a situação. Era hora de enxugar a máquina pública, e começar a permitir aos neozelandeses que voltassem a crescer, e tomassem as suas próprias decisões, livres da impositiva e contraproducente tutela do estado. A partir de então, o país começaria a crescer, e os resultados produzidos seriam formidáveis. Como Sir Roger Douglas – Ministro das Finanças – declarou, “passamos, provavelmente, do país mais regulado no mundo desenvolvido para ser o menos regulado”.
Tudo aquilo que impedia o setor privado de ser efetivamente produtivo foi erradicado. Share on XTudo aquilo que impedia o setor privado de ser efetivamente produtivo foi erradicado.
Então, literalmente, tudo começou a mudar para melhor. Em uma de suas primeiras medidas, o governo de centro-direita eleito em 1984 declarou uma guerra contra a burocracia. Tudo aquilo que impedia o setor privado de ser efetivamente produtivo foi erradicado. Um enorme processo de privatização de empresas estatais se seguiu a isto. Evidentemente, não foi um processo concluído da noite para o dia, mas de uma nação com um enorme estado de bem-estar social sofrendo a maior estagnação econômica de sua história, a Nova Zelândia tornou-se uma nação livre, desenvolvida, competitiva e capitalista, que hoje está entre as nações mais seguras e desenvolvidas do mundo. A duras penas, os neozelandeses aprenderam a lição. Quanto menos estado e mais liberdade, mais progresso, prosperidade e desenvolvimento. A função básica do governo deve ser não atrapalhar.
Na Nova Zelândia, hoje, você consegue registrar a sua empresa em apenas três horas, e o processo é totalmente gratuito. Não é preciso nem mesmo comparecer em um departamento governamental: você faz tudo online. Até mesmo para um país como o Brasil é impossível competir em um cenário desses. Aqui, você precisa de quase três meses apenas para regulamentar a sua empresa, e terá que percorrer um excruciante – e extremamente caro – caminho entre repartições públicas, cartórios e escritórios de contabilidade, até finalmente estar livre para operar. E todo este amargo processo será apenas o início de uma terrível batalha. Depois disso, com tantas tarifas e regulações, você terá o enorme desafio de tentar manter a sua empresa em atividade. O que não será nada fácil.
Precisamos de menos políticos, de menos estado, de menos servidores públicos, e de mais liberdade, autonomia, independência e empreendedorismo. Estes são os verdadeiros elementos capazes de gerar progresso e prosperidade. Share on XO caminho trilhado pela Nova Zelândia mostra, literalmente, que menos governo significa mais prosperidade para a sociedade. Quanto menos tarifas, impostos, tributos e regulações, melhor. Hoje, o Brasil não se desenvolve porque vive o pesadelo estatista do qual a Nova Zelândia sofreu há pouco mais de trinta anos. Este, portanto, é um formidável exemplo a ser copiado, estudado e implementado de perto. Precisamos de menos políticos, de menos estado, de menos servidores públicos, e de mais liberdade, autonomia, independência e empreendedorismo. Estes são os verdadeiros elementos capazes de gerar progresso e prosperidade. Como disse a notória filósofa russa naturalizada americana Ayn Rand, com toda a propriedade e sensatez, “a única maneira de um governo estar a serviço da prosperidade nacional é manter as suas mãos fora dela”.