Porto Alegre – Visitas aos principais líderes do setor industrial gaúcho marcaram a passagem do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, pelo Rio Grande do Sul, nesta semana. Acompanhado do diretor de Administração e Finanças do Sebrae, José Cláudio dos Santos, e do superintendente da instituição no estado, Léo Hainzenreder, Barretto visitou nessa quinta-feira (15) a sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre; a Siderúrgica Gerdau, em Sapucaia do Sul; e reuniu-se com empresários de calçados e metalmecânico em São Leopoldo.
Na Fiergs, Luiz Barretto ressaltou a força da indústria gaúcha, um dos estados com maior grau de industrialização do país. “Temos no estado vários exemplos de indústrias que se destacam, criando um polo industrial de proporções grandiosas, gerando emprego e renda, fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, disse. O presidente da Fiergs, Heitor Müller, destacou que o estado é muito forte nos setores de produtos alimentícios, metalurgia, metalmecânica, química, vestuário e calçados, entre outros. Segundo ele, a indústria responde, hoje, por quase 38% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho.
Na Siderúrgica Gerdau, em Sapucaia do Sul, Luiz Barretto e José Cláudio dos Santos foram recebidos pelo gerente de Suprimentos para a Região Sul, Mauro Mocellim, e tiveram a oportunidade de conhecer o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), uma parceria entre a multinacional e o Sebrae no Rio Grande do Sul. Em torno de 250 empresas fornecedoras da Gerdau foram capacitadas através do PDF.
O sucesso do projeto piloto, implantado em 2006 no estado, já viabilizou a extensão do PDF para oito estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. A iniciativa promove a implantação da cultura da gestão, por meio de indicadores de desempenho e aperfeiçoamento dos critérios de excelência. A partir da análise desses dados, aplicam-se as capacitações e consultorias – com foco em gestão e tecnologia. O objetivo é preparar as pequenas empresas fornecedoras para o mercado.
“Os fornecedores participam de cursos sobre qualidade, área comercial, gestão de produção, gestão financeira e tributária e, principalmente, capacitação em indicadores de desempenho, o nosso foco principal”, explicou Mauro Mocellim. Luiz Barretto celebrou a parceria e disse que “a nacionalização do PDF representa o reconhecimento do método desenvolvido no Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, incentiva toda a instituição a buscar o mesmo sucesso nos estados que começam a promover o programa”.
O empresário Leandro Krey, diretor da Rodabem Indústria e Comércio de Implementos Rodoviários, participou do encontro na Gerdau. Ele enfatizou os benefícios que a participação no PDF proporcionou a sua empresa. “O programa permitiu que virássemos fornecedores de grandes empresas, como a Petrobras. Além de melhorar a gestão e os processos de produção da Rodabem, abriu várias portas no mercado”, contou.
São Leopoldo
Em seu último compromisso nessa quinta-feira, Luiz Barretto esteve em São Leopoldo e reuniu-se com participantes do Programa de Desenvolvimento de Oficinas e Ateliers para Calçados. A iniciativa do Sebrae no Rio Grande do Sul reúne 45 ateliês e permite que as empresas terceirizadas tenham o mesmo nível de qualidade das grandes empresas, as chamadas âncoras. Barretto salientou que “a terceirização faz parte do complexo produtivo da indústria gaúcha. Por isso, o Sebrae entende que ajudar o fornecedor, o ateliê e o terceirizado, fortalece a cadeia produtiva”.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo (Sindimetal), Raul Heller, também se reuniu com o presidente Luiz Barretto e o diretor José Cláudio dos Santos. Na pauta do encontro, o apoio do Sebrae ao segmento metalmecânico do Vale do Sinos, que concentra um grande número de micro e pequenas empresas (MPE) produtoras e prestadoras de serviços para a cadeia produtiva. Raul Heller destacou que existem cerca de 82 mil negócios do segmento metalmecânico no Vale dos Sinos. Em torno de 23% pertencem ao setor industrial e 52% da mão de obra ocupada está na indústria.
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