Olinda – De tanto bater cabeça atrás de soluções para a gestão de seu negócio e de lugares para vender as roupas e acessórios que produzia, a publicitária e designer Germana Uchoa acabou criando um projeto para abrigar outros empresários iniciantes em busca de ganhar a vida a partir de uma ideia criativa. Desde 2007 ela desenvolve o Espaço Garimpo, cuja filosofia é reunir criadores de moda, de móveis, objetos de decoração, adesivos, acessórios e outros produtos em lojas itinerantes e temporárias, também conhecidas como pop-up stores.
A proposta de Germana é uma das atrações da Mostra Luiz Gonzaga Empreendedor, que ficará em cartaz no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, durante a oitava edição da Feira do Empreendedor. A iniciativa, promovida pelo Sebrae no estado, teve início nesta quarta-feira (17) e segue até sábado (20).
“A gente gera oportunidades de negócios para fornecedores e compradores, mas também oferecemos capacitações por meio de palestras, cursos e troca de ideias com pessoas da área. Durante o funcionamento da loja, não queremos que os clientes venham só para comprar, mas também para ter uma experiência, por isso promovemos várias atividades, como bate-papos, desfiles, apresentações musicais, de fotografias e de gastronomia”, diz a empreendedora.
Germana conta que já montou 17 lojas temporárias em eventos como o festival de música Abril pro Rock. Por elas passaram quase 500 marcas, incluindo algumas de fora de Pernambuco. Mas muitas já fecharam as portas, o que para Germana é um indicativo da fragilidade da gestão no setor de economia criativa. “Nós, criadores, temos muito foco na elaboração do produto e da marca, mas esquecemos de que por trás disso deve haver uma máquina funcionando, a máquina da gestão, da administração, da análise e do planejamento”, diz a empresária, que procurou o Sebrae para resolver a questão.
A publicitária afirma ainda que chegou a formar um grupo de 30 empresários para participar de capacitações, mas a iniciativa não deu certo porque cada um deles tinha uma dificuldade diferente. E ressalta que agora, com a implementação de projetos para a economia criativa dentro da instituição, a coisa mudou de figura.
“Antes, a moda era vista como indústria ou comércio. Todos os investimentos no segmento eram voltados para o polo de confecções de Caruaru ou então para empresas de porte maior. Mas as empresas de economia criativa são startups, que precisam de tecnologia, trabalham com inovação e nas quais a criação é a base de todo o conceito para gerar negócio. O desenvolvimento dessa área dentro do Sebrae possibilitou novas oportunidades para quem cria. Hoje há livros publicados e capacitações específicas para o nosso segmento”, comemora Germana.
Luiz Gonzaga
Criada para comemorar o centenário de nascimento do Rei do Baião, a Mostra Luiz Gonzaga Empreendedor tem como proposta mostrar de que forma o compositor e músico serve de exemplo para vários empreendedores. Para isso, o espaço reúne empresas que usam a criatividade e o capital intelectual como principais instrumentos para a criação de seus produtos e serviços.
O chef César Santos, do restaurante Oficina do Sabor, e o restaurateur Fábio Catão, do Parraxaxá, representam a gastronomia. O produtor cultural Paulo André, do Festival Abril pro Rock, o sanfoneiro Camarão e o grupo Quinteto Violado são alguns dos representantes da música. Já a Lixiki, que desenvolve bolsas e objetos de decoração com materiais que iriam para o lixo, é um dos empreendimentos de moda que estão sendo mostrados no espaço.
A mostra também é composta por um painel que destaca as atitudes e as características empreendedoras de Luiz Gonzaga, nas diversas fases de sua carreira, consideradas decisivas para a sua trajetória de sucesso.
Serviço:
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