Diversas empresas utilizam-se das redes sociais para promover seus produtos e serviços, fidelizar clientes e, principalmente para acompanhar e medir sua popularidade.
Por outro lado, proíbem que seus colaboradores tenham acesso às mesmas, através dos computadores corporativos, justificando o uso irresponsável e desenfreado, comprometendo o desempenho.
Como tratar com esse contrassenso?
Alguns radicais poderiam defender que se trata apenas de um, natural e compreensivo,
conflito de gerações. Esse dilema é muito antigo e só está ganhando uma roupagem tecnológica. Há muitos anos, outros equipamentos, como telex, telefone e até o fax, foram responsabilizados por serem os ladrões da produtividade.
Particularmente, acredito que a solução passa por uma profunda reflexão sobre conscientização, comprometimento, responsabilidades, direitos e deveres, e até pelas defasadas leis do trabalho.
Ainda sofremos de uma herança trabalhista onde, colaborador é, por muitas empresas, nomeado e tratado como “empregado” e como tal, deve seguir e obedecer a ordens que lhe são impostas dentro do seu rígido horário de expediente.
O caminho deve ser construído com a participação de todos. Corporações e colaboradores. Há uma extrema e imediata necessidade de abertura por parte das empresas para uma participação mais efetiva, ativa e contributiva dos colaboradores que crêem plenamente serem capacitados como integrantes pensantes e que em maioria absoluta, não negligenciam ao trabalho, pelo contrário, manifestam interesse em contribuir para a realização dos objetivos traçados.
É preciso criar, ou colocar em prática, métodos mais eficientes de mensuração da produtividade que propriamente cartões de pontos, bancos de horas, registros nas portarias, entre outros. Enfim, assumir a responsabilidade de introduzir na cultura das organizações, ações e profissionais transformadoras, como:
– Plano de trabalho com metas bem definidas;
– Programa de treinamento do uso adequado das ferramentas tecnológicas;
– Campanha de endomarketing de conscientização;
– Programa de meritocracia transparente, com regras claras de avaliação e; essencialmente,
– Líderes preparados que saibam inspirar pelos valores e não apenas pelo carisma.
“Quando você terceiriza a responsabilidade por um feito seu de insucesso, assume que deu aos outros, o controle da sua vida”.
Por Maurício Seriacopi. Palestrante, coach, gestor e consultor empresarial com mais de trinta anos de experiência nas áreas comercial e gestão de pessoas liderando equipes multiprofissionais em empresas de todos os portes. Site: www.m2r2.com.br