Natal – A região do Seridó é um dos principais polos de mineração do território potiguar devido à concentração de grandes jazidas minerais. Para melhorar o processo produtivo de empresários do setor na região, o Sebrae no Rio Grande do Norte está implementando um roteiro de capacitação, que disponibiliza consultorias técnicas para ampliar a produtividade dos mineradores e minimizar os desperdícios, principalmente na extração de caulim. A ação faz parte do projeto Mineração em Pequena Escala.
Empresas instaladas em diversos municípios seridoenses estão sendo visitadas por equipes técnicas do Sebrae e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), que é parceiro no projeto. Um desses empreendimentos é a Mineração Santa Clara, que fica instalada na cidade de Equador, a 280 km da capital potiguar, e produz caulim. A empresa vem sendo acompanhada há 18 meses.
O proprietário da Mineração Santa Clara, José Anchieta, afirma que a consultoria veio em boa hora. “Foi bastante proveitoso, foi como voltar à sala de aula. Pensei que vinha fazendo a coisa certa, mas descobri que estava desperdiçando muito. Agora, sei que preciso mudar. Minha expectativa, depois da implementação das mudanças sugeridas pelos técnicos, é de dobrar minha produção”.
As consultorias não são à toa. A maior parte das indústrias de caulim na cidade não cumpre os procedimentos corretos na hora de extrair o mineral. “Nossa pesquisa mostra que o índice de aproveitamento é extremamente baixo, não chegando a 30%. Isso se deve a vários fatores como o emprego de tecnologia ultrapassada ou mesmo o uso de equipamentos inadequados para a produção do caulim”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFRN, José Ivan Pereira Leite, que integrou a equipe em visita à Santa Clara.
Na avaliação do pró-reitor é preciso ampliar a capacitação voltada para pequenas mineradoras e apontar alternativas tecnológicas para melhorar o processo produtivo. “Para que isso aconteça, a empresa precisa estar preparada com tecnologia e mão de obra. Essa é a nossa maior preocupação”, completa José Ivan.
O gestor do projeto Mineração em Pequena Escala do Sebrae no estado, Sheyson Medeiros, diz que a proposta das consultorias é aumentar a produtividade na planta de beneficiamento. “Hoje, o desperdício é incrivelmente alto por parte dos mineradores. Esse é um quadro que precisa ser alterado. Nosso empenho é justamente fazer com que a tecnologia seja alcançada por esses pequenos negócios, visando ao aumento de produção e à lucratividade do negócio”.
O produto
O caulim é uma argila de cor branca, formada por silicatos de alumínio hidratado, de vasta aplicação industrial. Por geralmente ocorrer associado a impurezas, necessita passar por processos de beneficiamento para atender às especificações de mercado. E a cidade de Equador é a maior produtora do estado, concentrando também o maior número de empresas beneficiadoras.
O produto pode ser utilizado principalmente na fabricação de papel e composição de massas cerâmicas. O caulim também é usado, em menor escala, na fabricação de materiais refratários, plásticos, borrachas, tintas, adesivos, cimentos, inseticidas, produtos farmacêuticos, catalisadores, fertilizantes, cosméticos, além de cargas e enchimentos para diversas finalidades. O Brasil é o terceiro maior produtor de caulim do mundo e, junto com os Estados Unidos, detém mais de 80% de reserva mundial de caulim de valor econômico. O município de Equador tem na extração e no beneficiamento do caulim sua principal atividade econômica.
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