Goiânia – Duas propriedades rurais adquiridas pelo Projeto Desenvolvimento Local da Região de Serra da Mesa e Cana Brava, nos municípios goianos de Minaçu e Colinas do Sul, estão prontas para promover trabalho e renda para famílias atingidas pela construção de barragens no norte do estado. A opinião é de Fernando Rodrigues, consultor do Sebrae em Goiás, que atua no projeto. “As fazendas São José (Minaçu) e São Bento (Colinas) têm terras agricultáveis”, conta.
O projeto atende famílias impactadas pelo represamento das águas dos rios Maranhão e Tocantins após a construção das usinas hidrelétricas de Serra da Mesa e Cana Brava, na região norte do estado. Ao todo, a iniciativa dispõe de cerca de R$ 4 milhões para criação de empresas coletivas, aquisição de equipamentos, obras físicas e capacitação de trabalhadores.
Fernando destaca o preparo das áreas para receber lavouras, como milho, arroz e mandioca, principalmente. Na fazenda São José, por exemplo, o plantio de 5,5 mil pés de banana ocupa 3,5 hectares de chão da propriedade que possui 15 alqueires (72 hectares). O produto deve beneficiar a vida de famílias integradas à Associação dos Produtores de Olericultura de Cana Brava (Aspcab). Como aconteceu com a safra de arroz, ano passado, que rendeu 36 toneladas. Foram 600 sacas divididas entre os associados.
A partilha cedeu a Maria Aparecida Pereira da Silva, 51 anos, moradora de Minaçu, a 504 km de Goiânia, 20 sacas de arroz – cada uma com 60kg – por seu trabalho no plantio, cultivo e colheita do produto. A trabalhadora ainda recebe, a exemplo de seus companheiros no projeto, R$ 253 por mês como ajuda de custo. “As ações da parceria estão previstas até maio de 2012”, explica Fernando.
Os investimentos na Fazenda São José totalizam R$ 800 mil, provenientes da parceria do Sebrae no estado com a Tractebel Energia, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério de Minas e Energia, a estatal Furnas Centrais Elétricas e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), com participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Fernando cita também contrapartidas fundamentais para o progresso do projeto. “Recebemos ajuda de empresas de Minaçu e fazendeiros da região”, afirma.
Na Fazenda São Bento, no distrito de Vila Borba (36km de Colinas), 22 famílias plantaram 8 hectares de mandioca na propriedade de 20 alqueires (4 agricultáveis). O produto servirá à Casa da Farinha de Vila Borba, com a fabricação da farinha de mandioca e polvilho. Fernando destaca que o projeto de adequação da casa foi feito por assessoria do Sebrae goiano, que aguarda investimento da Prefeitura de Colinas do Sul. “A fábrica de Vila Borba tem capacidade para processar 1,5 tonelada de mandioca in natura por dia”, observa.
Produção
Segundo o consultor, a lavoura de mandioca na São Bento pode alcançar 20 hectares. Com isso, a produção deve chegar a 280 mil kg por safra. O produto deve atender a demanda de farinha de mandioca e polvilho na microrregião de Colinas do Sul, detalhada em pesquisa realizada pelo Sebrae. “A análise de mercado mostra que a demanda é maior que a oferta”, ressalta Fernando. A Fazenda São Bento deve receber uma unidade PAIS e um apiário.
Serviço:
Projeto Desenvolvimento Local da Região da Serra da Mesa e Cana Brava
Escritório Regional Centro-Norte do Sebrae em Goiás: (62) 3353 1997
Agência Sebrae de Notícias em Goiás: (62) 3250 2268
Oficina de Comunicação: (62) 3225-4899
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