Este texto faz parte da coluna da Plataforma Brasil feito especialmente para os leitores do Saia do Lugar.
Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.
Caríssimos leitores, desde que o empreendedorismo foi tomado de glamour – me recordo bem, já faz um bom tempo, da reação de espanto das pessoas, quando larguei o emprego em um banco de investimentos para montar a minha empresa – muito se fala no espírito empreendedor, de suas variantes sociais, e de sua contribuição à inovação e ao avanço tecnológico (repito aqui, o que leio com frequência em veículos especializados e outras publicações que abordam o mundo dos negócios).
Em resumo, uma salada de clichês, tão confusa como muitas vezes inconsciente, que por mais que tente, não consegue – e seria absurdo se isso fosse possível – resumir ou encapsular o empreendedor e sua criação em modelos pré-concebidos ou enclausurá-lo em embalagens pré-moldadas. Em meio a isso, há muito humor não intencional.
Por exemplo quando se caracteriza o empreendedor moderno (nessa salada, se o dito cujo tiver mais de 55 anos, não conta) a alguém que necessariamente tem de ser o criador de um negócio de obrigatória base tecnológica. Como se açougues supermercados, padarias e outros serviços especializados como o da criação de conteúdo em série para livros ficcionais não existissem ou fossem descartáveis na “era da informação”.
O fato é que a parte dos fetiches ideológicos dos oráculos do futuro, empreender vai da montagem de um circo, passando pela montagem de peças teatrais e projetos cinematográficos à empresas de base genuinamente tecnológica, ou de serviços jurídicos, burocráticos, ou de entretenimento.
A lista seria muitas vezes mais extensa, e por isso a conclusão de que qualquer negócio que traga como resultado final um serviço ou produto que atraia o interesse de um comprador é na essência, o fruto da coragem e do trabalho de um empreendedor e seus sonhos – e idade dele não importa.
Contudo, agora que desconstruímos os rótulos baratos de botequim é importante nos atermos ao ponto central presente na mente e na história de gente que conseguiu transpor o papel e as promessas de fim de semana em algo realmente concreto e promissor: em tempo, o espírito e a lógica do empreendedorismo.
Neste contexto, alguns conceitos são perenes, e Leonardo da Vinci provavelmente já experimentava vários deles (e certamente não foi o pioneiro).
Vamos lá:
- A coragem de não seguir o rebanho e pensar por conta própria;
- O pragmatismo para não remar contra a maré, contornando obstáculos ao invés de se chocar contra elews;
- O reconhecimento do valor do planejamento e da disciplina;
- A persistência inteligente que não insiste em burrices, mas enfrenta obstáculos que podem ser vencidos;
- O sendo critico para apoiar a condução dos projetos;
- A capacidade de organização e da construção de processos e métodos eficientes de trabalho;
- A clareza de ideias;
- A conjugação com pessoas que reúnam capacidade, inteligência, competência, seriedade de propósito e comprometimento;
- O repudio a instabilidade pela instabilidade, gerando confiança em apostadores, parceiros e apoiadores;
- A capacidade de execução permitindo a migração do papel e das planilhas para o mundo concreto;
- O apego pelos sonhos que não podem ser esquecidos por conta das dificuldades iniciais;
- A capacidade de sacrifício (mas sem extremismos).
Até o próximo.
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Para se aprofundar no tema, recomendamos o artigo Quais são as características do empreendedor
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