* Por Fernanda Nascimento
Tive a oportunidade, no começo de maio, de participar do Women Leadership Forum, da revista HSM, que como dizia o nome, foi dedicado às mulheres. E a primeira palestra já fez valer todo o dia: era a de Joanna Barsh, ex-executiva da McKinsey, que desenvolveu uma pesquisa sobre mulheres e liderança e apresentou os resultados no evento.
Muitas matérias têm sido publicadas a respeito das vantagens de se ter uma mulher no comando e do sucesso das empresas que nos têm em suas posições de principal executivo, mas enquanto Barsh falava, ria sozinha me enxergando em cada exemplo e fui matutando sobre como eu poderia evitar desgaste e sofrimento durante o trabalho, liderando a minha empresa.
Reuni aqui, então, as 4 dicas de Barsh que mais me impactaram:
- Seja confiável: não faça promessas que não consegue cumprir.
Essa coisa da gente querer ser a super heroína, a que dá conta de tudo, a que carrega o mundo nas costas já era. Primeiro porque é impossível cumprir todos os compromissos que queremos ter, depois, porque não precisamos ser infalíveis. Nós falhamos, e daí? Quando não conseguimos cumprir uma promessa, a maior punição é a da nossa própria consciência. Portanto, temos que ser confiáveis conosco: não podemos nos trair colocando uma carga desnecessária sobre os nossos próprios ombros.
- Faça o que você diz.
Somos muito boas em dar conselhos, mas nem sempre conseguimos exercitar esses conselhos na nossa própria vida. E tenho certeza que esse item não precisa de muitas explicações, porque um rápido exame de memória é capaz de entregar vários exemplos que reconhecemos na nossa história.
- Seja aberta e transparente.
Temos medo de ser frágeis. Então, vestimos máscaras para enfrentar momentos de vulnerabilidade o tempo todo. E sabe qual é o aprendizado aqui? Que quando somos transparentes somos mais eficientes. Na nossa vulnerabilidade está a humildade e então somos mais valiosas.
- Não julgue. Aceite!
Como tentamos ser perfeitas, temos um nível muito alto de exigência conosco e com nossos associados e pares. Posso garantir que todas sofremos muito mais com os erros do que comemoramos os acertos. Precisamos aceitar mais aos outros como eles são e a nós mesmas! Quando paramos de julgar, as pessoas passam a nos apresentar mais ideias, sem o pavor da crítica. Então, temos a chance de conhecer mais oportunidades.
Estou segura que essas dicas podem promover mudanças consideráveis nas nossas vidas, não só com nossos associados, mas com os resultados da empresa e principalmente com a nossa paz interior. Liberte-se das amarras que algum dia criaram para nós, líderes mulheres e empreendedoras, que incluíram no inconsciente coletivo. Mais leveza à vida, pode ser?
Fernanda Nascimento tem mais de 21 anos de experiência em marketing estratégico. É especialista em marketing digital e branding. Diretora de Desenvolvimento de Negócios da Rede Mulher Empreendedora, sócia da Stratlab, consultoria para PMEs na área de Desenvolvimento de Negócios e Planejamento Estratégico.
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