Quando o Google anunciou o fim do Google Reader em março, muita gente enlouqueceu. Na época, o Google citou uma diminuição no uso como motivo da morte do serviço, além de uma redução geral do foco em alguns produtos. Hoje, porém, o Google esclareceu para a Wired o motivo de ter matado o Reader, e o que deve preencher o vazio que ele deixará. E isso é muito triste.
Richard Gringras, diretor sênior de Notícias e Produtos Sociais do Google, disse: “Como cultura, mudamos para um consumo de notícias como processo quase constante”. Por mais que isso seja parcialmente verdade, é mais provável que os esforços do Google para coletar esses dados tenham se mostrado infrutíferos e uma grande perda de tempo. E como nós, usuários, migramos para serviços como o Twitter e estamos consumindo mais notícias em dispositivos móveis, o Reader simplesmente parou de ser útil para o Google – não para os usuários.
Então qual é a alternativa do Google para o Reader? A combinação de Now e Plus, é claro. Só que outros já tentaram e falharam ao usar a estratégia do Now, de usar inteligência artificial para oferecer conteúdo relevante baseado nos hábitos do usuário. Serviços como Zite tentaram isso por anos ao mostrar artigos que poderiam interessar com base no que você já leu e gostou. Mas esse tipo de recomendação simplesmente não funciona assim, de forma simples. O Pandora é o que chega mais perto de fazer isso, mas também erra. O Netflix, então, erra muito. Gosto pessoal não é algo que uma máquina consiga interpretar. Nem humanos conseguem fazer isso direito.
Gringras continua dizendo que o Google está atrás de “meios difundidos para mostrar notícias em todos os produtos (do Google) para lidar com o interesse de cada usuário com a informação correta, na hora certa, através dos meios mais apropriados”.
Veja bem, uma coisa é saber quando eu gostaria de ler as notícias, mas outra coisa é adivinhar o que eu gostaria de ler naquele momento. O Google não é nem tão bom assim para mostrar publicidade relevante após todos esses anos, então como eles vão conseguir descobrir quais notícias queremos ler? Descanse em paz, Google Reader.