Desde que a Curiosity aterrissou em Marte, ela vem buscando todo tipo de… curiosidade. Hoje, ela perfurou 6,35 cm de rocha do planeta vermelho para obter uma amostra. Ninguém, nem mesmo um robô, já tinha feito isso até então.
Com 6,35 cm de profundidade e 1,6 cm de largura, o buraco perfurado transformou-se em uma amostra de granulação fina de rocha sedimentar que guarda consigo os segredos do tempo em que o ambiente em Marte era úmido. Pelos próximos dias, a Curiosity examinará cuidadosamente a amostra e a poeira produzida pela perfuração, mandando suas descobertas para a Terra.
Mas antes que a Curiosity ou os cientistas baseados na Terra consigam dar uma olhada nos resultados, parte da poeira será usada para limpar o conjunto da broca afim de ter certeza de que nada vindo da Terra contaminará a amostra marciana. Afinal, isso é bem importante. John Grunsfeld, administrador associado da NASA para o Diretório de Missões Científicas coloca a questão da seguinte forma:
“O robô planetário mais avançado já projetado é, agora, um laboratório analítico totalmente operacional em Marte. Esse é o maior feito da equipe da Curiosity desde que o guindaste suspenso aterrissou, em agosto.”
Uma vez coletada, a poeira da amostra será passada em uma peneira para a remoção de quaisquer fragmentos maiores do que seis milésimos de polegada de diâmetro. A poeira refinada será passada nos instrumentos CheMin (abreviação em inglês para “Química e Mineralogia”) e SAM (Análise de Amostras em Marte), que farão a análise em si.
Não é todo dia que você perfura a superfície de um planeta alienígena usando um veículo pesadão e multi-milionário controlado remotamente pela primeira vez na história. Estamos na torcida para que alguma coisa legal seja descoberta. [NASA]