Ah, a TV. Tão poderosa hoje em dia, e em vias de encerrar logo mais a sua importância. Ou pelo menos assim é que Reed Hastings vê a situação.
Assim que a Nielsen Ratings divulgou que iria começar a contabilizar os programas assistido pela Netflix em suas medições mensais de televisão, Reed não viu nada demais nisso. Pode até ser uma modernização incrível para a NIelsen, mas o CEO da Netflix está super confiante no futuro do serviço, a ponto de especular quantos anos de glória ainda restariam para a TV como a conhecemos hoje.
“A era da TV broadcast vai provavelmente durar até 2030”, especula ele, fazendo uma curiosa comparação com a Netflix. “É como a época das charretes puxadas a cavalo, sabe? Era muito bom, até que veio o carro”, analisa ele, colocando a Netflix, obviamente, como o carro da história.
O problema principal reside no fato de que a Nielsen pretende contabilizar a Netflix de um jeito, no mínimo, estranho: a empresa vai capturar o áudio das televisões domésticas para determinar o que elas estão vendo, o que tira da conta quem está assistindo silenciosamente em seu tablet ou no seu notebook, usando fones de ouvido. Ou seja, apenas uma pequena fração do que é visto via Netflix aparecerá contabilizado pela Nielsen.
Uma medição capenga, mas que evidencia a necessidade da Nielsen de se adequar aos novos tempos. Se depender de Reed, eles precisam acelerar: 2030 tá ai!
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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