Por Leandro Beguoci
As Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, receberam mais investimentos estrangeiros em 2013 do que Brasil e Índia combinados. O que você espera, então, de um país que recebe tanto dinheiro? Exatamente isso: iates, resorts e tudo aquilo que faz com que as ilhas sejam um paraíso natural e fiscal ao mesmo tempo. Embora, é bom que fique claro, nem todo dinheiro da ilha tenha vindo da contabilidade criativa de outros países. O turismo também dá uma baita força.
Fui para lá na primavera do hemisfério norte, quando a temperatura é ideal para tratar o rum como se fosse água. Também pode ser ótimo para escrever linhas e mais linhas de código num quarto de hotel com vista para o mar, se você já pensou um ser um nômade digital — a escolha é sua. De qualquer forma, vale muito a pena fazer o pinga-pinga aéreo: São Paulo-Miami-Ilhas Virgens Americanas e então um barco até as Ilhas Virgens Britânicas. Foi essa a conexão que fiz via American Airlines.
As ilhas são um daqueles cantos do planeta (cada vez mais raros) em que a rainha da Inglaterra ainda é chefe do Estado e as pessoas dirigem na esquerda. Só que tem um problema. Como os carros são americanos, você passa a viagem inteira achando que as pessoas estão trafegando na contramão. Dá a sensação de viver numa distopia automotiva. De qualquer forma, isso não te impede nem de trafegar pela ilha nem de ir até lá (exceto se você tiver um tipo específico de fobia automotiva).
Se você estiver com um mapa na parede, é fácil achá-las. Elas estão a leste de Porto Rico e no centro dos desejos de alguns bilionários da tecnologia.