Todos conhecemos algum website que foi atropelado pelo algoritmo do Google em algum momento.
Se o seu website foi atingido dessa maneira, saiba que a recuperação não é fácil e que pode diretamente impactar na sua estratégia de SEO, se não for tratado adequadamente – e a tempo de se recuperar.
Na semana passada Rand Fish discutiu a saída de velhas práticas de link building e o nascimento de novas velhas práticas que poderão ajudar o seu website continuar relevante nos resultados dos buscadores para conduzir o seu tráfego para uma melhor experiência aos usuários.
Você já deve ter percebido que este ano foi um ano extremamente ativo da equipe do Google Webspam, voltados para, principalmente as práticas de linkins stuff com a e as correspondências de domínio, com o Penguim.
Por outro lado, surgiram outras atualizações, que penalizaram diretamente outros tipos de links, como diretórios de artigos, grupos de diretórios e outros diretórios pagos. Isso fez com que muitos diretórios, que geravam tráfego e ajudavam no SEO dos sites fossem para o espaço.
E, por conta disso tudo, o que parece estar acontecendo é que o Google quer que as pessoas parem de criar links – através do link building – e faça com que os websites comecem a ganhar links – link earning.
Parece que o Google tem pensado da seguinte maneira: “se este é um link construído por uma pessoa de SEO, para fazer o posicionamento do seu website aumentar e com isso criar relevância, eu não quero que ele faça o seu website subir, e por esse motivo eu não vou contar essa ligação. Na verdade, se a única coisa que você faz é link building, você realmente será penalizado através dos nossos algoritmos”.
Estamos diante do renascimento do link, como na época em que SEO ainda não era um termo tão utilizado e tão criterioso dentro das empresas.
No final dos anos 90, antes dos motores de busca atingirem a maturidade e os links significarem melhores posições nos resultados, o que realmente importava para um website era ganhar links que trouxessem tráfego qualificado – e principalmente interessado naquilo que o website fazia.
Essa era a única coisa que valia a pena, porque a pesquisa geralmente não retornava resultados tão qualificados como temos hoje, já que a maioria dos buscadores era apenas uma grande lista de diretórios.
Quando o tráfego desses sites relevantes podiam enviar links para outro website, isso significava enviar o fluxo de pessoas realmente interessadas.
Cases de link building podem estar com os dias contados?
Mas aí surgiram o Google, AltaVista e companhia que de uma hora pra outra disseram que o que importava, entre outras coisas eram ligações entre websites porque isso incrementava o PageRank e isso tinha um grande peso para os algoritmos de buscas.
Passado isso, o Google começou a ser um pouco mais esperto e dar importância ao texto âncora, às descrições dos links e ao contexto em que aquele link aparecia, por exemplo, em um texto.
Agora, nos últimos 12 meses, vamos a Google voltar à antiga filosofia de que é muito melhor ganhar boas ligações para o seu website do que comprar ou construir links por toda a web que não fazem sentido nenhum. O que realmente importa para o seu website são os links e referências que você ganhou, e não aquilo que você construiu pela internet.
Sendo assim, podemos dizer que os buscadores voltaram no tempo. Você quer construir link building para o seu website pela internet e ganhar ligações por todos os lados. Mas, a grande sacada é ganhar os links, ao invés de conseguí-los a qualquer custo.
Mas e as trocas de links e os links recíprocos?
Bem, esta prática de trocas recíprocas de links, aonde por exemplo, uma empresa de desenvolvimento faz trocas de links com o website de um restaurante, será um tipo não manipulável de SEO.
O que vai valer mesmo é a opinião. Por exemplo, no caso citado acima, alguém da empresa de desenvolvimento recomendando o restaurante porque ele é bom, porque o atendimento é legal e porque vale a pena.
É esse o tipo de tráfego que vale a pena e, esse tráfego que precisa ser incentivado entre os websites.
Websites terão de refazer suas estratégias de link building.
Os compartilhamentos e os links devem ser feitos nos websites da mesma maneira em que fazemos nas redes sociais: compartilhando links e coisas interessantes socialmente. Uma mensagem compartilhada dessa maneira surte muito mais efeito do que algo comprado.
A compra de links entre websites hoje se caracteriza um tiro no pé. Agora, com os algoritmos priorizando o conteúdo e parando de dar relevância para links que não possuem referência, que sentido isso vai fazer.
A nova maneira de fazer link building é ganhar links espontâneos a partir do conteúdo. É só criar um conteúdo que valha ser compartilhado que as menções, que os compartilhamentos, que os links vão surgir.
Mas, nem todas as listas ou diretórios estão perdidos. No caso, por exemplo do restaurante que citamos acima, se o seu website estiver presente, por exemplo, em um diretório de restaurantes italianos no centro de São Paulo, isso pode sim ser muito interessante para o SEO do website do restaunte – e claro, para o restaurante também.
Provavelmente, a tática de de links em guestbooks, forúns, comentários abertos em blogs e websites, tende a perder o efeito.
O que tende a perder efeito é o link building pelo link building. Apenas ganhar referência por links que redirecionem para o seu website, mas que ao mesmo tempo não possuam nenhum engajamento com o que está acontecendo ao redor.
Não. Nem todas as técnicas de link building morreram!
Há, com certeza algumas práticas que ainda funcionam, e que sempre vão funcionar. O que o Google quer acabar é com práticas de link building a qualquer custo e com isso, criar práticas mais saudáveis, como link earning.
Essas mudanças vão começar a acontecer mais frequentemente nos próximos 6 a 12 meses, quando a grande parte dos SEOs entenderem e captarem que o marketing de conteúdo é essencial para o SEO.
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Este artigo foi inspirado no artigo da SEOMoz “The death of link building and the rebirth of the link earning”.
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