Durante minha infância, nos cada vez mais distantes anos 90, uma das principais ideias do futuro era a de que viveríamos meio que divididos entre uma realidade “real” e uma realidade virtual. Referências a isso estavam por todos os lados — até mesmo em programas de TV de qualidade duvidosa que de alguma forma me agradavam naqueles tempos, como os VR Troopers.
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Também foi nesses mesmos anos 90 que uma empresa japonesa de videogames tentou se aventurar no mundo da realidade virtual, mas sem sucesso. Obviamente falo do Virtual Boy, da Nintendo, lançado em 1995 e abandonado pouco tempo depois. O Virtual Boy deixou claro que ainda estávamos muito distantes dos dias em que colocaríamos um treco na cabeça e viveríamos, dentro dele, uma vida diferente, em uma realidade diferente.
A sonhada realidade virtual não chegou e foi esquecida por muito tempo. Mas não definitivamente. Nos últimos anos, não foram poucas as empresas que voltaram a desenvolver dispositivos na área, e de certa forma toda a empolgação com o futuro da realidade virtual voltou a fazer parte das nossas vidas.
No fim deste ano, teremos alguns nomes de peso lançando produtos de realidade virtual. A aposta principal está em agradar os fãs de jogos. Talvez seja a partir da produção de universos imersivos em videogames que a realidade virtual vai começar a ganhar força no mundo. Será? Vamos analisar quatro das grandes apostas do mercado para saber: será que realmente devemos nos animar com essa nova onda da realidade virtual, ou trata-se apenas de um revival dos anos 90 que terá o mesmo destino daquelas tentativas da virada do milênio — ou seja, o fracasso?