Se você conhece minha coluna aqui no Tecnoblog, você deve saber que sou um pouco cético em relação à longevidade desta recém-chegada nova geração de portáteis. Já escrevi alguns textos explicando por que não acredito (ou, ao menos, não acreditava) que veremos um sucessor do 3DS ou do PS Vita.
De lá pra cá, duas coisas aconteceram.
O Nintendo 3DS, com a ajuda de um corte de preço dramático e de lançamentos carros-chefe da Nintendo, deu a famigerada “volta por cima” e convenceu os gamers. De acordo com o VGChartz, um site especializado em contabilizar números de vendas de videogames, o 3DS já vendeu ao todo 15 milhões de unidades no mundo inteiro.
Eu poderia ser teimoso e argumentar que minhas profecias do triste fim do 3DS foram feitas antes do anúncio da inesperada redução do preço do console, mas dou o braço a torcer: aparentemente, subvalorizei o poder do Nintendo. A gigante japonesa não está pronta a abrir mão do seu histórico domínio sobre o mercado portátil.
Ainda tenho dúvidas em relação ao impacto a longo prazo de um corte tão drástico no preço do console, mas o fato inegável é que sim, mesmo na era dos smartphones e dos joguinhos de 99 centavos de dólar, o público ainda está disposto a pagar um pouco mais por uma máquina dedicada se ela vem com a promessa de títulos como Mario e Zelda.