Jovem, menina e paulistana: se fosse preciso destacar um personagem para representar o profissional de mídias sociais no Brasil, essa seria a melhor descrição dele, segundo a pesquisa “O Raio X dos profissionais de Mídias Sociais no Brasil”, realizada pelo Trampos em parceria com a Alma Beta.
O estudo, que analisou 1037 pessoas de todo o Brasil, revela dados como perfil demográfico, faixa salarial, nível de satisfação com o mercado e com as empresas e até as principais influências desses profissionais que lidam com uma área tão recente, que está completando a sua primeira década de atuação.
Apesar da principal faixa etária desses profissionais ser jovem, entre 25 e 30 anos, eles são altamente qualificados: 47% possuem superior completo e quase 25% são pós-graduados. No quesito remuneração, contudo, a situação não reflete muito o esforço educacional. A média salarial entre quem atua com mídias sociais é de R$ 2.432, e homens ainda ganham mais do que mulheres, no geral (o que é uma pena).
Ainda assim, são profissionais em geral satisfeitos com o que fazem, com as empresas para as quais trabalham e até com a própria carreira. A maioria não tem intenções de trocar de emprego no próximo trimestre, e dentre os 38% que alegam estar em busca de uma nova oportunidade, a melhoria mais desejada é o aumento do salário, seguida por aprendizado na área e benefícios.
Por ser uma área ainda muito nova, a pesquisa também ressalta a falta de profissionais ou cases admirados pelo mercado. “Um a cada dois profissionais de Mídias Sociais do país está trabalhando no escuro, sem grandes referências do que pode fazer ou até onde pode chegar”, destaca a pesquisa.
Entre os 38% dos entrevistados que citaram os expoentes do mercado em que eles estão ‘de olho’, o ‘nome’ mais mencionado foi a equipe responsável pelo Pinguim do Ponto Frio, disparado o case em que o setor mais fica de olho. Martha Gabriel, Edney Souza, Ian Black (New Vegas), Bia Granja (youPIX), Pedro Porto (Twitter), Tarcízio Silva (Social Figures) e Marcel Bely (Prefeitura de Curitiba) aparecem na sequência, como profissionais de excelência no mercado brasileiro.
“A juniorização dos departamentos de social media já é um fenômeno sabido, uma vez que agências de pequeno e médio porte oferecem baixos salários para a função e não têm atratividade para profissionais seniores. As consequências disso são evidentes: profissionais trabalhando no escuro, sem amparo técnico relevante e ávidos por trocar de emprego em busca de melhor remuneração”, opina Patrícia Moura, head de Mídias Sociais da Arabella e profissional da área há mais de 7 anos.
“No fim das contas, as marcas perdem em qualidade e fomentam um novo segmento de in houses, exatamente como acontece no caso do Ponto Frio – marca citada como um dos principais cases brasileiros atuais”, completa ela.
O estudo também traz a lista dos cases nacionais mais lembrados – Ponto Frio, Guaraná Antártica, Prefeitura de Curitiba, Itaú e Netflix – bem como dados mais esmiuçados sobre o mercado. Para conferir na íntegra, basta acessar esse link.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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