Crescemos em um Brasil onde sempre ouvimos falar que um executivo tinha uma vida estável e confortável quando trabalhava em uma “grande multinacional”. De fato, muitas das multinacionais aqui instaladas eram parte de grandes grupos estrangeiros e, embora as empresas brasileiras sempre tiveram seu papel na economia, não eram vistas como importantes ou como grandes empresas.
O tempo passou, o Brasil venceu o fantasma da inflação durante a era FHC e o mercado brasileiro se fortaleceu. Logo em seguida, o mercado internacional, principalmente Europa e EUA, enfraqueceu muito e nesse momento, grandes grupos brasileiros aproveitaram sua excelente condição financeira, seu expertise e partiram para oportunidades de aquisição no exterior. Nesse momento, começaram a expandir suas atividades.
Grupos como Gerdau, Votorantim, Braskem, JBS, Ambev, Embraer (assista abaixo o fundador Ozires Silva contando o surgimento da empresa) e outros são donos de empresas no exterior e hoje devem ser consideradas como verdadeiras multinacionais brasileiras.
É importante lembrar que grande parte dessas empresas que hoje estão se tornando multinacionais um dia já foram pequenas empresas ou startups. Algumas certamente já são centenárias e começaram suas atividades de maneira muito pequena, às vezes até produzindo itens de forma artesanal.
Esse tipo de movimento, onde mais empresas brasileiras devem expandir suas atividades internacionalmente, será mais comum de agora em diante, mesmo considerando que o Brasil ainda é um país de oportunidades.
O mundo mudou e como sempre, vai continuar mudando. Esperamos que mais startups apareçam, cresçam e também conquistem o mundo.