Muito em breve, os deficientes visuais de Londres poderão pegar o metrô da cidade de forma mais segura e independente graças ao sistema que combina a tecnologia beacons – aparelhinhos da Estimote com sistema de proximidade em ambientes fechados – à instruções de áudio baseadas em localização.
No momento, o projeto está em seu período de testes no metrô Pimlico até 13 de março. São 16 beacons espalhados pela área interna da estação, providenciando a localização apurada de determinados pontos que servirão de guia para que a pessoa possa percorrer sua jornada de transporte do início ao fim.
O sistema, conhecido como Wayfindr, usa os dados de localização providenciados pelos beacons via Bluetooth para localizar onde a pessoa está e, em seguida, gerar instruções de áudio para que ela se dirija corretamente pelo espaço, evitando pontos perigosos ou de confronto, e conseguindo chegar ao seu destino.
Para permitir que a pessoa continue ouvindo os sons ao seu redor enquanto escuta as instruções do aplicativo, o projeto usa fones de ouvidos especiais, o bone conduction, que emite vibrações mecânicas através dos ossos intracranianos. Dessa forma, o deficiente visual consegue manter um contato com seu entorno.
Beacons usados no projeto
Após os testes, é esperado que esse sistema seja expandido para toda a malha de transportes de Londres, permitindo que pessoas com dificuldades em enxergar possam percorrer a cidade de forma mais independente.
Além disso, o sistema Wayfindr foi desenvolvido como open source com o objetivo de incentivar mais desenvolvedores a criar recursos similares, ajudando a vida dos deficientes visuais usando tecnologia.
O projeto é resultado da colaboração entre o estúdio digital ustwo e o Royal London Society for Blind People’s Youth Forum, com o total apoio do sistema de metrô londrino. O foco são principalmente os 9 mil jovens e crianças cegas ou com problemas de visão que vivem na região.
Wayfindr levou mais de um ano para desenvolver esse protótipo, tendo uma dedicação da equipe em pesquisar e acompanhar deficientes visuais em suas rotinas de transporte, entendendo suas necessidades e o que poderia melhor no sistema criado.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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