Além do poder militar, uma das principais forças do Estado Islâmico está nas redes sociais . No entanto, os constantes banimentos de suas contas levaram apoiadores dos radicais a criarem uma rede social própria, o CaliphateBook. O site apareceu no domingo e dias depois saiu do ar, segundo a Reuters. A agência de notícias também diz que o site “lembrava o Facebook, mas parecia inacabado”.
Hoje, o endereço 5elafabook.com — nome baseado na transliteração inglesa da palavra árabe “khelafa”, califado — mostra uma mensagem que diz que a rede fechou temporariamente para proteger a identidade e a segurança de seus membros. A conta do Twitter da rede social também foi desativada. O comunicado diz que a rede não era patrocinada pelo Estado Islâmico.
A Reuters dá mais detalhes sobre a rede:
Dados online mostravam que [a rede] foi construída usando Socialkit, um programa que permite aos usuários fazerem suas redes sociais. O site foi registrado com a empresa de serviços web GoDaddy.com em 3 de março e dizia que o endereço era da cidade de Mosul, local controlado pelo EI no Iraque, mas também dava o Egito como país de origem e um número de telefone falso.
Usadas para recrutar novos combatentes e como veículo para propaganda de guerra, as redes sociais são amplamente usadas pelo Estado Islâmico — estudos mostram que cerca de 46 mil contas do Twitter, por exemplo, já estiveram a serviço dos jihadistas, e Ashton Carter, o novo chefe do Pentágono, disse ao Congresso norte-americano que o EI “é um grupo terrorista abastecido pelas redes sociais de uma maneira nunca vista anteriormente”. Os constantes banimentos dessas contas levaram o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, a receber ameaças de morte do grupo radical. [Reuters via Link Estadão]
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