Tem coisas que quando a gente fala ninguém entende, mas quando a gente “desenha”, é quase impossível não compreender.
A ausência feminina em eventos, painéis, debates e entrevistas não é algo localizado, e acontece no mundo todo. Encorajando as pessoas a reconhecerem esse elefante branco no meio da sala, a Gender Avenger, uma comunidade dedicada a inserir as mulheres no diálogo da sociedade, criou a ferramenta GA Tally. Com ela, é bem fácil e rápido criar um gráfico que demonstra a participação de homens e mulheres em um determinado debate, discussão, material jornalístico, dentre outros.
Durante o SXSW, em Austin, a Gender Avenger incentivou os participantes a terem um olhar mais crítico aos painéis que participavam, tentando reparar melhor na proporção ‘homem-mulher’ entre os convidados. Dependendo da proporção, o GA Tally etiqueta a situação com a hashtag #HallofFame, para uma boa proporção entre os gêneros, ou #HallofShame, para uma baixa ou nula proporção de mulheres.
#HallofShame Panel At #SXSW– How Next-Gen Filmmakers Are Changing Hollywood: 0 women, 5 men. http://t.co/XaqQ1Qezzb #GenderAvenger #film
— GenderAvenger (@GenderAvenger) March 16, 2015
#HallofFame gender ratio at #2030NOW at #SXSW: 4 women, 5 men http://t.co/6euPjqvOO6
— GenderAvenger (@GenderAvenger) March 16, 2015
Recentemente, Tarcízio Silva, da SocialFigures, fez um interessante levantamento sobre eventos de comunicação digital e mídias sociais no Brasil, destacando a baixa presença feminina nesses debates.
Se usássemos a ferramenta do Gender Avenger, grande parte dos eventos desse setor no Brasil figurariam no Hall da Vergonha.
O importante de provocações como essas é reconhecer o problema e trabalhar pela sua resolução, ou ao menos prestar mais atenção nesse detalhe ao fazer uma curadoria para um evento, uma seleção de entrevistados para uma matéria, entre outros.
Reconhecer o problema é o primeiro passo para a busca de uma solução.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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