Esse post faz parte da série de posts sobre Como escolher sócios, escrita pelo empreendedor Scher Soares (Grupo Triunfo).
O sócio indesejável é aquele que não atende as expectativas da empresa e da sociedade, lembrando que essas expectativas variam muito de negócio para negócio. Contudo, há alguns perfis característicos que merecem a atenção. São eles:
O empresário de mentirinha
Esse é aquele sócio que muitas veze está empreendendo pela primeira vez e normalmente de carona com algum sócio com o perfil mais empreendedor e visionário. O empresário de mentirinha tão logo entra em uma sociedade já começa a se ver como um grande empresário e a – como eu costumo dizer – brincar de empresário. Começa a fingir ser algo que ele não é e com frequência assume posturas que levam a péssimos resultados.
O oportunista
Um tipo de sócio muito perigoso, pois com frequência é preguiçoso e está interessado apenas em se beneficiar da sociedade. Tem um perfil instável e não está disposto a fazer o que precisa ser feito. No geral, entra em uma sociedade procurando por aquela oportunidade de ouro e tão logo vê que há pela frente trabalho duro e uma longa jornada, deixa o sócio na mão.
O especulador
Você conhece um sócio especulador quando já de início ele quer discutir demais questões como por exemplo os ganhos dele no curto prazo, quando ele passará a ter aquela remuneração de empresário e qual será o lucro que ele embolsará a cada ano. Aqui não devemos confundir o especulador com o investidor. O investidor precisa discutir essas questões para arquitetar seu investimento, mas o especulador é aquele sócio que, apesar de ter um papel na empresa, está interessado apenas em si mesmo. Fuja dele.
O sócio no bônus
Você certamente já ouviu falar que abrir uma empresa tem seus bônus e ônus. O que as vezes as pessoas não explicam é que, com frequência os ônus são todos no curto prazo e muito intensos, ao passo que o bônus só vem no longo prazo e mesmo assim aos poucos. Esse é outro perfil de sócio para você passar longe. São avessos ao ônus, não lidam bem com adversidades, não estão dispostos a pagar o preço e podem, além de não agregar nenhum valor, quebrar a empresa já no começo em função do seu apetite pelos bônus.
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