Por mais que se queira fugir do tema, uma coisa é certa: em algum momento, a gente falha. No mundo do empreendedorismo não é diferente. Até acertar o modelo de negócio e começar a lucrar com uma boa ideia, há muitos tropeços pelo caminho.
“A questão não é se o empresário vai falhar ou não, mas quando”, diz Cassandra Phillips. A empreendedora de São Francisco (Estados Unidos) é uma das criadoras do FailCon, um evento que tenta desmistificar os erros e ocorre neste sábado (19/5) pela primeira vez no Brasil.
Para Cass, como é conhecida, se a empresa está tentando um modelo novo de negócio, vão ocorrer falhas. A diferença está na maneira que você reage a elas. “Você não pode ser um fundador e ter medo de falhar ou negar os erros. Você deve viver a falha, respirar fundo e saboreá-la – isso vai ensinar tudo que você precisa saber, se você se permitir aprender”, disse.
Como muitos jovens empreendedores, Cass quebrou a cara depois de montar uma startup com um investimento de US$ 75 mil do próprio bolso – ela ficou oito meses no negócio. “Nós não testamos o mercado com antecedência suficiente. Deveríamos ter procurado usuários reais muito mais cedo”, conta.
“A principal coisa que aprendemos foi a importância do conceito de produto minimamente viável (MVP). Coloque algo, nem que seja uma versão feia ou quebrada, nas mãos de um usuário pelo menos algumas semanas antes de lançar”, diz.
Com o evento, que começou em 2009 em San Francisco, Cass e seus amigos queriam preencher a lacuna e criar um espaço para discutir as falhas que são comuns para quem está no início. “Nós começamos a planejar a conferência quando percebemos que a maioria dos eventos que existiam não eram relevantes para startups que estavam em estágio bem inicial. Os palestrantes falavam sobre o seu sucesso, mas nós não tínhamos como replicar isso. É o relato de erros cometidos que nos fazem evitar de repetir os mesmos erros.”