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Bootstrapping ou aporte: o que escolher?


bootstrapping

Aportes geralmente são o que fazem uma startup ser muito comentada seja na mídia, seja no ecossistema. A mesma atenção não é dada para quem vive de bootstrapping, um investimento próprio. Por quê? Deveria? A Venture Beat, mais especificamente Weston Bergmann, um investidor-anjo e incubador que já adquiriu 5% de 70 startups nos últimos dois anos, listou quatro razões para optar pelo bootstrapping por livre e espontânea vontade.

1. Bootstrapping força você a testar antes de apostar

Por definição, uma startup ainda está tentando validar seu modelo de negócios. Para isso, os fundadores devem experimentar várias vezes –preço, distribuição, parcerias, tudo. A partir daí ela descobre no que realmente vale a pena investir. Quando um investidor externo investe numa startup, ele quer saber exatamente o que aquilo gerará de dinheiro, já no bootstrapping é mais fácil testar (de maneira esperta, claro) e testar numa escala menor.

2. Se você tropeçou nos gastos do primeiro round de investimentos, pegar um segundo é praticamente impossível

É importante mostrar pros investidores de um possível segundo round de investimentos como você gastou o primeiro round de maneira eficiente.

Se na priemira fase você faz bootstrap, os primeiros investidores externos que apostarem na sua ideia serão menos duros com você, eles estarão mais interessados na sua eficiência financeira e em extrapolar sua tração com o investimento deles.

3. Levantar dinheiro é um trabalho full-time

Qualquer empreendedor que levantou investimento pode afirmar sem hesitação que isso monopolizou seu tempo por meses, senão mais. Ash Maurya, autor do tema, diz que os investidores se importam com tração acima de tudo, mas explica que tração nada mais é que engajamento com os clientes. No fim do dia, é melhor para sua empresa que você siga clientes e não investidores.

4. Quanto mais você gasta, mais você desperdiça

A “teoria do shampoo” da economia é a forma mais simples de explicar o porque dos gastos de uma startup ficarem mais ineficientes conforme o orçamento fica maior. A teoria diz o seguinte: assim que você compra um shampoo, a probabilidade de você usá-lo todo dia e em grande quantidade é grande. A medida que você chega ao fundo do pote, você começa a economizar, diminui as porções que usa, diminui a quantidade de vezes que usa.

O mesmo fenômeno acontece com startups que conseguem investimento. A conta inflada muda as decisões de gasto, claro. Jeremy Smith, ex-chefe do SecondMarekt resume a história: “Não sentar numa piscina de dinheiro, deixa você assustado e isso o deixa mais nervoso, mais criativo e mais engenhoso”, afirma Smith.

O mais curioso da lista é saber que vem de alguém que vive basicamente de pegar pedaços de startups. Então anote os conselhos, pois Bergmann tem a meta de ter shares de milhares de startups antes de completar 40 anos.

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