Um estudo encomendado pela Intel à Penn Schoen Berland levantou dados sobre a percepção e a expectativa das pessoas com relação ao impacto da tecnologia e da inovação em suas vidas. Intitulada “Intel Global Innovation Barometer”, a pesquisa ouviu 12 mil pessoas em oito países, entre eles o Brasil. O estudo mostrou que os brasileiros são grandes entusiastas da inovação, mas, ao mesmo tempo, acreditam que a sociedade se tornou muito dependente da tecnologia e que as informações pessoais deveriam ser preservadas.
“Os brasileiros apresentam um perfil bastante atípico, de otimismo cauteloso. Entre os países emergentes, o Brasil é o que apresenta um perfil mais parecido com o que encontramos em mercados já desenvolvidos”, comentou Fernando Martins, Presidente da Intel Brasil. “De uma forma geral, o brasileiro acredita no poder da tecnologia em gerar um impacto positivo em sua vida e na sociedade, mas também tem algumas ressalvas quanto a algumas questões como, por exemplo, o uso de informações pessoais por corporações ou serviços.”
Na comparação global, fica claro como os brasileiros são apaixonados pela tecnologia. Nove em cada 10 brasileiros acreditam que a tecnologia torna sua vida mais fácil e que a inovação tecnológica tem um efeito positivo na sociedade (95%, contra 84% da média global). Os brasileiros também estão muito otimistas com o futuro da indústria local de tecnologia (92%, contra 69% na média global) e um em cada três brasileiros acreditam que o Brasil está no caminho certo para se tornar um líder global em inovação.
Embora o otimismo do Brasil esteja mais alinhado com os mercados emergentes, o País também apresenta uma característica em comum com as economias mais desenvolvidas – em especial a desconfiança em compartilhar informações pessoais para ajudar a criar tecnologias inovadoras. Por exemplo, 51% dos brasileiros disseram não se sentir confortáveis em deixar empresas acessarem informações bancárias para criarem tecnologias e serviços inovadores, contra 39% na China, 21% na Índia e 28% na Indonésia; 70% dos brasileiros também acreditam que a sociedade atual é demasiadamente dependente da tecnologia.
A educação (70%) e a saúde (56%) concentram as maiores expectativas por inovação por parte dos brasileiros. A ideia de que a tecnologia pode melhorar a qualidade da educação é universal no País, com 96% de respostas positivas. No que tange a saúde, os brasileiros são a favor da ideia de compartilhar informações sobre sua saúde de forma anônima em troca de custos reduzidos para os tratamentos e remédios.
O brasileiro vê a tecnologia como um aliado, e não como uma ameaça. Enquanto três em cada quatro pessoas nos países emergentes estão receosas que suas posições de trabalho possam ser eliminadas pela tecnologia na próxima década, no Brasil apenas 48% têm a mesma preocupação. “Os brasileiros veem a tecnologia como ferramenta de produtividade – ela está lá não para substituí-los, mas para fazê-los trabalhar de forma mais eficiente e produtiva”, comentou Fernando Martins.
Também são grandes as expectativas de que a tecnologia possa melhorar a vida nas grandes cidades – 73% dos brasileiros acreditam que as cidades deveriam investir em novas soluções tecnológicas para os problemas enfrentados pelas grandes cidades, coletando dados de forma anônima para melhorar a gestão dos serviços públicos. As expectativas dos brasileiros são em relação à inovação urbana e estão concentradas em agilizar o deslocamento (51%), reduzir o tráfego (48%) e melhorar o meio ambiente (42%).
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