A bicicleta elétrica Sondors promete muito: velocidade máxima de 30 km/h, bateria para andar até 80 km, e recarga em apenas 90 minutos. Tudo isso custaria a partir de US$ 499, enquanto concorrentes no mercado saem por mais de US$ 2.000.
Ela arrecadou mais de US$ 5 milhões e se tornou a segunda maior campanha no Indiegogo. Agora seu criador, Storm Sondors, está sendo processado por fraude, justamente pela empresa que o ajudou a realizar a campanha.
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Segundo o Yahoo Tech, a Agency 2.0 – empresa de relações públicas que cuidou do crowdfunding – acusa Sondors de fraude contratual, ou seja, de nunca pagá-los por seus serviços.
Sondors também já foi acusado de não realizar pagamentos há alguns anos, quando trabalhava fabricando brinquedos:
Em 2008, Sondors foi processado por fraude pela ToyJobs, um recrutador na indústria de brinquedos, de acordo com o site da empresa. Ela acusou Sondors de contratar funcionários encontrados pela ToyJobs sem pagar comissão à empresa. O Tribunal Superior de Nova Jersey decidiu, em 2011, por uma sentença à revelia contra Sondors no valor de US$ 40.000.
Vale lembrar que a Agency 2.0 não tem um histórico exatamente limpo. Eles ajudaram na campanha do smartwatch Kreyos, que recebeu US$ 1,5 milhão também via Indiegogo, mas não conseguiu entregar um produto decente.
Só que este é mais um alerta vermelho para a bicicleta elétrica. O pior é que a campanha está no Indiegogo, que cobra imediatamente o valor que você contribuiu, e ainda permite que o dinheiro seja sacado a qualquer momento. No Kickstarter, você só paga o dinheiro se a campanha atingir a meta.
A bicicleta se chamava Storm, mas teve que mudar de nome em fevereiro depois que a Prodeco Technologies – que vende uma e-bike com o mesmo nome desde 2010 – ameaçou processar a empresa.