Rumores no mundo das startups dizem que Justin Bieber está prestes a iniciar uma nova fase em sua carreira: a de investidor-anjo. Por mais bizarro que pareça, essa história começou a ficar mais próxima da realidade desde junho, durante o Tech Crunch Disrupt, quando Scooter Braun, empresário de Bieber, comentou sobre o interesse do ídolo teen no mercado de tecnologia. A atuação de celebridades nesse cenário não é novidade. Além de Bieber, Lady Gaga também está nessa, com investimentos na Zynga e na Turntable.fm. Ashton Kutcher, por sua vez, tem apostado em empresas promissoras do Vale do Silício, como o Flipboard e o Fashism, por meio do fundo A Grade Investments. No Brasil, a participação do Luciano Huck no Peixe Urbano se tornou um case bastante conhecido.
Oportunidade de negócios? Retorno de mídia? Identificação pessoal com a empresa? Os motivos que levam artistas a participarem da cena de startups podem ser os mais diversos. Mas, de qualquer forma, tem sido bastante interessante observar como, além do capital investido, o poder de broadcasting pessoal dessas celebridades tem ajudado a consolidar novos modelos de negócios. Basta observar a explosão de usuários do Flipboard após a divulgação de Kutcher nas redes sociais. Seguindo essa linha de raciocínio, imagina só o que algumas twittadas de Bieber poderiam fazer por uma startup em termos de divulgação e credibilidade entre a sua base de fãs?
Os benefícios são óbvios. E a atitude de acreditar em novas empresas deve ser reconhecida. Mas, ao que parece, quando falamos desse tipo de capital celebridade, o que temos visto, na maioria dos casos, são investimentos em modelos de negócios hypados de internet. Além da questão dos modelos de receita complicados típicos do mercado digital (assunto para um outro post), não seria ainda mais interessante ver esses caras emprestarem a sua fama e dólares em áreas de inovação menos badaladas, mas potencialmente mais significativas e lucrativas (isso é um julgamento de valores pessoal, admito), como a biotecnologia e sustentabilidade industrial, por exemplo?