Há alguns anos temos lido notícias de que cientistas encontraram planetas potencialmente habitáveis: com dimensões similares às da Terra e dentro da zona habitável em relação à estrela que circulam. Agora, pela primeira vez, eles poderão estudar um desses candidatos a novo lar (ou puxadinho, se preferir) do nosso planeta. Conheça o EPIC 201367065 d.
Este planeta foi descoberto pelo satélite Kepler, da NASA. Ele orbita uma anã vermelha, uma estrela com cerca de metade do diâmetro do nosso Sol, o que faz com que as órbitas dos planetas ao seu redor sejam mais curtas. A do candidato a nova Terra, por exemplo, tem apenas 44,6 dias terrestres – haja Sidra Cereser para comemorar tanto ano novo.
Fruto de uma gambiarra no Kepler motivada por uma falha, a Nasa mudou o foco da missão, que agora se chama K2, para buscar de um modo alternativo planetas com características similares à Terra a uma distância mais próxima. O tal planeta promissor é um desses recém-descobertos. Ele está a 150 anos-luz da Terra, o que não é exatamente “perto”, mas é próximo o suficiente para permitir aos cientistas analisarem-no com a tecnologia de que dispomos hoje.
Apesar da empolgação, algumas perguntas ainda precisam ser respondidas. A composição desse planeta é mais parecida com a de Netuno, o menor planeta gasoso do Sistema Solar, ou uma Super Terra, rochosa como a nossa? A atmosfera é densa o suficiente para que a temperatura no planeta seja amena como a da Terra (de preferência, mais amena que a desse verão escaldante), ou ele se parece mais com Vênus?
São perguntas que podem ser respondidas. Em 2018, teremos uma ajuda extra: o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, será lançado. Ele conseguirá detectar dados espectrais que ajudarão a dar respostas. Juntas, todas elas darão um mapa bastante fiel da viabilidade da vida no novo planeta. Em paralelo, a missão K2 e outro satélite, o TESS, que deve ser lançado em 2017, continuarão vasculhando partes próximas do Sistema Solar em busca de novos planetas parecidos com o nosso.
Leia mais detalhes sobre como o Kepler/K2 trabalha e quais os desafios na compreensão do novo planeta na coluna do Salvador Nogueira, no link ao lado. [Folha]
Imagem do topo: PHL/UPR
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