Na sexta-feira (10) este Tecnoblog noticiou sobre a mais recente tentativa do Google no combate à pirataria. O buscador disse com todas as letras que o algoritmo de pesquisa e indexação foi modificado para posicionar páginas com conteúdo pirata abaixo daquelas que são fornecidas por empresas responsáveis, reconhecidas e que tratam de propriedade intelectual alheia conforme manda o figurino. Faltou-nos destacar que o Google pode se beneficiar (ele próprio) da modificação. Explico.
O Google detém uma loja própria com conteúdo diverso. É bem verdade que a Google Play funciona melhor para quem está nos Estados Unidos, uma vez que somente a partir de lá (e talvez de outros países cujo mercado é importante) é possível desfrutar ao máximo da Play – com aplicativos, músicas, filmes e mais. Estes são os conteúdos que podem aparecer numa posição superior a partir dessa semana, quando a modificação do algoritmo entra em ação.
Além disso, outra provável beneficiária é a Apple. Afinal, a loja iTunes traz há muitos anos últimos lançamentos musicais, filmes e séries. Trata-se de um player bem estabelecido que não teria grande problema em atrair a atenção dos robôs que vasculham a internet em busca de conteúdo. E todo mundo sabe que a Apple é séria nos contratos que firma com empresas de distribuição e conteúdo.
Pode ser que o Google esteja pagando de bom moço nessa história de combater a pirataria, mas na verdade pensa em fortalecer o próprio negócio por meio da Google Play. O que você pensa sobre este assunto? Os comentários estão abertos. O lema “Don’t be evil” (Não seja malvado) da companhia continua valendo.
Combate à pirataria pode beneficiar o próprio Google (e a Apple)