A tatuagem está entre as formas de arte mais antigas e onipresentes na humanidade. Por mais de cinco mil anos, culturas de todos os continentes habitáveis colocaram tintas permanentes em seus corpos — como defesas místicas, símbolos de status, ritos de passagem ou simplesmente como decoração pessoal. A tradição continua hoje, só que com bem menos chances de infecção.
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As origens da modificação corporal
As tatuagens fazem parte da nossa história desde a Idade da Pedra. Otzi, o famoso Homem de Gelo do neolítico, tem 57 tatuagens baseadas em carbono; acredita-se que elas foram criadas em rituais de cura similares à acupuntura.
Joann Fletcher, pesquisadora no departamento de arqueologia da Universidade de York (Reino Unido) explica à Smithsonian Magazine:
Conversei com Don Brothwell, meu colega da Universidade de York e um dos especialistas que examinaram [o Homem de Gelo]. Os pontos tatuados e as pequenas cruzes, distribuídos na lombar e joelho esquerdo e nas articulações do tornozelo, correspondem a áreas de degeneração causada por tensão, sugerindo que elas podem ter sido aplicadas para aliviar dores nas juntas – seriam terapêuticas. Isso pode também explicar sua distribuição meio “aleatória” em áreas do corpo que não seriam fáceis de mostrar, caso fossem um símbolo de status.