Há mais de um século, Thomas Edison desenvolveu uma bateria de níquel-ferro recarregável destinada ao uso em carros. Surpreendentemente, essa tecnologia ainda é usada por algumas pessoas para armazenar energia de painéis solares e turbinas eólicas. Agora, engenheiros de Stanford melhoraram-na para carregar mil vezes mais rápido.
A bateria original de Edison usa um cátodo feito de níquel e um ânodo de ferro, e é banhada em uma solução alcalina. Nos tempos de Edison, os elementos condutivos continham um pouco de carbono para ajudá-los a trabalhar, mas os engenheiros de Stanford acharam que seria divertido ver no que a substituição deles por grafeno resultaria. Hailiang Wang, um dos pesquisadores, explica à BBC:
“Em eletrodos convencionais, as pessoas combinam aleatoriamente ferro e níquel com carbono condutivo… Em vez disso, criamos nanocristais de óxido de ferro no grafeno e nanocristais de hidróxido de níquel nos nanotubos do carbono.”
Em geral, a bateria de Edison leva horas para recarregar; a versão de Stanford, alguns minutos. Na realidade, é mil vezes mais rápida. Embora ainda em estágio laboratorial, Wang sugere que no futuro a tecnologia poderá ser usada junto a baterias de íons de lítio em carros elétricos, dando a eles “um aumento de potência real para acelerações mais rápidas e frenagem regenerativa.” Existe algo que o grafeno não consiga fazer? [Nature Communications via BBC. Foto por Universidade do Texas]