Nós somos meio burros, você não concorda? Não é que sejamos burros de todo, mas que somos tolos nós somos e ninguém pode duvidar. Enxergamos a vida através de um mecanismo só e cogitamos entender todas as coisas. Conhecemos uma pessoa aqui e ali e já atribuímos preconceitos sobre um grupo social. Assumindo que somos tolos ou burros, como preferir, resta descobrirmos como driblar essa nossa burrice, para conquistar as nossas metas criadas e que nunca cumprimos. Se bem que também teríamos que checar se as nossas metas são realmente metas verdadeiras, mas isso podemos deixar para outro artigo. Por enquanto vamos nos ater a nos persuadir para conquistarmos as nossas metas, sejam elas tolas ou reais.
O PODER DA ESCRITA
No livro O Poder da Persuasão, Robert Cialdini dá o exemplo, de que prisioneiros de guerra são obrigados a escrever mentiras sobre suas posições ou confissões, para deixarem de compreender suas realidades. Os prisioneiros são obrigados a escrever mentiras que, através do exercício contínuo de serem escritas, passam a fazer parte da sua realidade. Desta forma, os prisioneiros ficam sem saber o que era mentira ou verdade, ou melhor, ficam meio confusos com tudo o que está acontecendo.
Eu acredito muito nisso e já vi isto funcionando em minha vida. Quem não fica falando em pensamento para si: “Isto não vai dar certo. Isto não vai dar certo. Isto não vai dar certo.”? Até pouco tempo atrás, sempre que eu ia para uma entrevista de emprego ou prospectar um cliente que eu queria muito, ficava repetindo para mim mesmo, enquanto andava para o local de encontro: “Eu vou conseguir. Eu vou conseguir. Eu vou conseguir. Eu vou, eu vou, eu vou.” Pode parecer uma maluquice, mas para lidar com burro e tolo, só com um pouco de maluquice mesmo! Fazendo isso, o meu cérebro se acostumava totalmente com a ideia de que iria conseguir e meio que todos os meus pensamentos e atos, se uniam para proporcionar aquela conquista. Hoje, com mais experiência, digo para mim ao ir para um cliente novo: “Vou fazer o que sei fazer, deixá-lo falar e sair de lá com o contrato assinado.”
Se o poder de repetir em pensamento a sua meta, já dá resultado, quem dirá escrevê-las. Anualmente eu escrevo as minhas metas. Não em forma de lista, mas em forma de histórias. Conto para mim mesmo como seria a minha vida se já tivesse atingido aquela meta. Escrevo, com papel e caneta na mão, e vou imaginando cada cena, quase que sentindo o ambiente no qual estou. Faço este exercício não só todo ano, como o refaço pelo menos duas vezes por mês sem nenhum compromisso certo. Apenas sento pra relaxar, pego o meu caderninho e escrevo.
NOSSO CÉREBRO É TOLO
Ok, vamos mudar um pouco a conversa e falar que nós somos “inteligentes” e o nosso cérebro é quem é o tolo da história. É verdade, ele é. Quanto mais sujo e mais cheio de informação fica o nosso cérebro, mais difícil fica para o seu “inteligente” brotar das profundezas e fazer tudo aquilo que sabe. Porém, como somos “inteligentes”, temos que compreender que o nosso cérebro, foi mesmo criado para automatizar as informações que chegam do mundo até nós e não para nos fazer empreender, como disse em um artigo popular sobre neurociência publicado anteriormente.
Às vezes percebo que as pessoas tendem a separar o cérebro do corpo, admitindo que o cérebro são elas, mas que elas não são o corpo. Daí elas educam o corpo com exercícios físicos e boa alimentação e se esquecem de fazer o mesmo pelo cérebro. Mantém-se estressadas, lidando com muita informação e ainda não fazem bom uso do seu tempo. Sei lá o que nós somos, mas o cérebro é parte do corpo e deve ser tratado como tal. Ele deve ser educado, deve ser disciplinado, deve enxergar que nós estamos no controle.
Para que você compreenda melhor o que estou dizendo, vou citar novamente o livro “Your Brain at Work” que diz que o que pensamos ser o cérebro, é na realidade a nossa consciência, que corresponde somente à parte frontal da nossa cabeça, bem acima dos nossos olhos. Só esta parte pequena do cérebro (cerca de 5% da massa total dele) é o que normalmente usamos conscientemente. Algumas pessoas, deixam esta parte vazia e só a usa quando realmente se faz necessário tomar alguma decisão. Além disso, quem estuda programação neurolinguística, sabe que às vezes é necessário introduzir uma informação de fora para dentro na nossa mente. Ao invés de sermos saudáveis, fazemos pequenas coisas, que as pessoas saudáveis fazem, e logo ficamos saudáveis.
UNINDO TUDO
Agora que já vimos que a escrita, o pensamento, a imaginação e a fala têm um poder muito grande sobre o nosso cérebro tolo, vamos juntar tudo e praticar um exercício:
- Escreva em forma de redação como é a sua vida com cada uma das suas metas concluídas. Junte todas as metas na mesma redação para ficar mais fácil.
- Vá até lugares onde você possa sentir como concretizadas as suas metas, se possível. Se você quer comprar aquele apartamento, vá até o estande de vendas e fique imaginando a sua vida lá. Frequente o bairro onde deseja morar, etc. Muita gente quer uma coisa e fica remoendo dor quando visita os lugares onde quer morar. Fica pensando que não tem aquilo ao invés de imaginar que já o tem.
- Leia para si mesmo a sua própria redação em voz alta e em frente ao espelho. Você vai sentir um tom de incerteza quando começar a falar isto para você, mas com a prática, você estará tão certo de viver aquela vida que planejou, que duvidará de algum dia ter desconfiado de não conseguir.
Admitamos que somos tolos e, sendo assim, temos que dar um jeito de driblar essas deficiências para fazer algo de produtivo para a nossa vida. Esta forma acima, é uma das maneiras que utilizei e utilizo para mudar a minha realidade.
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