Muitos e muitos cachorros sofrem eutanásia todos os anos porque eles não conseguem encontrar uma família para adotá-los. Não é culpa deles. Com fotos melhores, poses fofas e alguns acessórios, eles podem encontrar uma nova casa rapidinho.
É verdade, a fotógrafa de animais Teresa Berg de Dallas assumiu a tarefa de “promover melhor” cães sem dono para que eles pudessem encontrar uma família que quisesse adotá-los. Ao invés de apenas tirar uma foto aleatória de um cachorro atrás de uma gaiola, com pouca luz e poses ruins, Berg leva um tempo para tirar cada foto, arrumando os bichos e criando foto de cachorros que você pode imaginar no colo das pessoas. Saem os olhos vermelhos e imagens borradas. Entram os cachorros com personalidade.
Os resultados de suas fotos foram instantâneos. Todos os cães que Berg tirou foto foram adotados e o abrigo para cães teve um aumento de 100% nas taxas de adoção. Berg agora está começando a ensinar voluntários a tirar fotos melhores de cachorros sem dono.
Aqui no Brasil, os sites de adoção não são muito melhores. Fotos pequenas, cachorros presos, carinhas pouco amigáveis. Elas quase me desanimam. No começo do ano, quando comecei a procurar um cachorrinho pra adotar, passei algumas semanas olhando anúncios e sites sem muito sucesso. Olhando as fotos fiquei com receio de cachorros que pareciam muito agressivos, já outros pareciam abatidos e frágeis, prestes a dar um último suspiro. Para minha sorte, todo final de semana acontece em São Paulo algumas feirinhas de adoção de animais, e eu decidi conhecer uma delas.
Chegando lá, me surpreendi como todos os cachorros eram dóceis, saudáveis e adoráveis. Segundo me explicaram, os animais passam por um processo de socialização e um veterinário cuida e atesta a saúde dos bichinhos antes de serem colocados para adoção. As fotos mentiam, todos aqueles gatos e cachorros eram fantásticos e estavam prontos para conviver com adultos ou crianças. E o que era pra ser apenas um passeio para conhecer os cachorros e fazer uma doação acabou resultando na adoção da Midna. Ou talvez seja mais correto dizer que ela me adotou, não sei ao certo. [Teresa Berg via CBS via The Daily What]