Lembra do Daniel que queria encontra a Fernanda e que tudo não passou de uma ação – muito bacana (opinião) – da Nokia? Então, agora o órgão de defesa do consumidor, o Proncon de São Paulo, juntamente com o Conar, Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária, resolveram investigar todo o desmembramento da campanha com o respaldo de que toda peça publicitária deveria conter indicações de que elas não passam de uma peça publicitária. A desculpa foi baseada no fato de que muitos internautas se sentiram “enganados”. Queriam um beijo verdadeiro no final de tudo? Ficaram decepcionados por um jovem não ter declarado um amor real? Enrolados, sim. Enganados, não.
Deixemos de lado toda a legislação publicitária que não cabe aqui julgar. O viral “Perdi meu amor na balada” teve seus altos e baixos e, com isso, recebeu seus elogios e suas críticas merecidos. Agora prever uma multa que parte de meros 400 reais até ilusórios R$ 6 milhões não é uma coisa tão interessante de se ver. Reclama-se que não existem mais peças cativantes e ousadas, porém punimos aqueles que insistem em fazer algo além do convencional.
“Fortes indícios de violação ao código de defesa do consumidor”, comentou Márcio Martucci, diretor de fiscalização do Procon-SP, ao R7. ”A mensagem de caráter publicitário deve ser realizada de maneira que o consumidor possa identificá-la como tal. É uma questão de ética”, disse Paulo Arthur Goes, diretor-executivo do Procon-SP, para a IstoÉ Dinheiro. Paulo afirmou que não houve denúncias realizadas ao órgão, porém como a campanha se tornou notória a tal ponto, o Pronco-SP resolveu abrir uma investigação por conta própria. Já pelo lado do Conar o que será levado em conta será o artigo 9º da entidade, que prevê que “a atividade publicitária de que trata este Código será sempre ostensiva”.
Qual a sua opinião a respeito? A Nokia disse que ainda não foi notificada e, por isso, não iria se posicionar. Dependendo da situação tudo pode ocorrer entre 30 e 120 dias, conforme avaliações e relatores envolvidos.