Depois de uma forte queda em junho, a confiança do consumidor continuou baixa em julho. O Índice Nacional de Expectativas do Consumidor (Inec), divulgado ontem (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), fechou o mês em 110 pontos, praticamente estável em relação ao mês anterior (110,1 pontos) e com queda de 3,6% em relação a maio (114,1 pontos).
Nos últimos 12 meses, o Inec acumula queda de 2,7%. De acordo com a CNI, a inflação e o desemprego representam a principal preocupação dos consumidores. A expectativa de que a inflação continuará sob controle nos próximos seis meses recuou 5,9% em relação a junho e 11,1% em 12 meses, no pior nível desde 2001. Ao mesmo tempo, a perspectiva de que a economia gerará postos de trabalho até o fim do ano caiu 2% na comparação com o mês passado e 11,1% nos acumulado de 12 meses.
Além de não confiarem no desempenho da economia, os consumidores continuam pessimistas em relação à situação pessoal. De acordo com a pesquisa, a expectativa de que a renda pessoal vai subir nos próximos seis meses aumentou 0,1% em julho, porém está 0,4% menor do que no mesmo mês do ano anterior. O índice de entrevistados cuja situação financeira melhorou nos últimos três meses aumentou 0,1% de um mês para outro, mas ainda está 2,4% inferior a julho de 2012. Os dois índices ficaram estáveis, o que, segundo a CNI, mostra que a avaliação negativa ainda não foi revertida.
Os únicos indicadores que mostraram otimismo foram o endividamento das famílias e a intenção de compra de bens duráveis. A percepção de consumidores que se acham menos endividados melhorou 1,3% em julho, apesar de estar 3,7% menor que no mesmo mês de 2012. O índice de consumidores que pretendem adquirir bens de grande valor aumentou 2,1% no mês e 3,4% em 12 meses.
Informações Agência Brasil